quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Poluição do ar mata pelo menos 2 milhões de pessoas por ano no mundo.

Pelo menos 2 milhões de pessoas morrem no mundo devido à má qualidade do ar causada por poluição. A conclusão é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou dados de 1.100 cidades, de 91 países, com mais de 100 mil habitantes. Segundo especialistas, a contaminação do ar pode levar a problemas cardíacos e respiratórios.
“A poluição atmosférica é um grave problema de saúde ambiental. É vital que aumentemos os esforços para reduzir o impacto na saúde que [a poluição atmosférica] cria”, disse a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira.
De acordo com ela, é necessário que as autoridades de cada país façam monitoramentos constantes para medir a poluição do ar. “[Assim] podemos reduzir significativamente o número de pessoas que sofrem de doenças respiratórias e cardíacas e até de câncer de pulmão.”
Segundo Neira, é fundamental lembrar que a poluição do ar é provocada por vários fatores, como os gases de escapamentos dos veículos, a fumaça de fábricas e fuligem das usinas de carvão. “Em muitos países não há qualquer regulamentação sobre a qualidade do ar. Quando há normas nacionais, elas variam muito na sua aplicação.”
A OMS informou ainda que em 2008 cerca de 1,34 milhão de pessoas morreram prematuramente por causa dos efeitos da poluição sobre a saúde. Segundo especialistas, políticas de prevenção podem evitar as mortes prematuras. (Fonte: Renata Giraldi/ Agência Brasil)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Rio + 20

A execução de políticas públicas que sejam capazes de proteger o meio ambiente e ao mesmo tempo estimular atividades de inclusão da população pobre na formação do Produto Interno Bruto (PIB) será uma das principais propostas a serem encaminhadas pelo Brasil, em novembro, à Organização das Nações Unidas (ONU) para as discussões da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A proposta foi defendida nesta terça-feira (9) por representantes do governo  federal, na Conferência Ethos, Empresas e Responsabilidade Social 2011, realizado pelo Instituto Ethos, na sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
Durante o encontro, a ministra Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o Brasil tem mais condições do que qualquer outro lugar do planeta de mostrar ao mundo capacidade para manter a trajetória de crescimento econômico sem comprometer a biodiversidade. Ela cobrou ousadia do país nos debates da conferência, destacando que “o Brasil tem como liderar em projetos de crescimento sustentado e no desafio da erradicação da miséria”. Para a ministra, é necessário, no entanto, criar uma lei que “dê segurança jurídica para uma visão de políticas públicas e para o investimento por parte do setor privado e para o financiamento de todos aqueles que querem plantar, reflorestar e manejar”. Ela acredita que o país pode se desenvolver sem desmatamento ilegal. “Nossa proposta é trabalhar junto com o setor privado”.
Também presente ao encontro, a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, observou que apesar de o governo ter tido êxito na política de redução da pobreza, com a retirada de 28 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza, ainda existem 16,2 milhões de pessoas vivendo na miséria, com renda per capita abaixo de R$ 70. Ela enfatizou que esse universo de pessoas não foi favorecido com as chances oferecidas no “apagão da mão de obra” por falta de qualificação. E que por isto mesmo, o governo tem trabalhado para reverter este quadro concentrado em três eixos: transferência de renda; inclusão produtiva e ampliação do acesso aos serviços públicos. ”Nós temos que ir atrás dessa população”, disse. Segundo a ministra, o governo está trabalhando em medidas para que a agricultura familiar ganhe espaço no suprimento de produtos para o mercado doméstico como um meio de geração de renda. No meio rural, 25% da população estão em situação de extrema pobreza. (Fonte: Marli Moreira/ Agência Brasil)

Faxina Espacial

Um grupo de cientistas propôs o que, segundo alguns, talvez seja uma solução viável para o acúmulo crescente de lixo em órbita em torno da Terra. A ideia envolve o lançamento de um satélite que se acoplaria aos objetos – fragmentos de foguetes usados e outros detritos – e os equiparia com um motor propulsor. O motor levaria o objeto em direção à atmosfera da Terra, onde ele se desintegraria. Os autores dizem que o esquema, descrito em artigo publicado na revista científica Acta Astronautica, poderia remover, de forma relativamente barata, entre cinco e dez objetos do espaço por ano.
O problema é sério e pode se agravar. Mais de 17 mil objetos com tamanho acima de dez cm orbitam a Terra hoje.Os maiores entre eles podem, ao se chocar com outros objetos, se desintegrar, gerando milhares de objetos menores.
“Na nossa opinião, o problema é um grande desafio e é urgente (que encontremos uma solução)”, disse Marco Castronuovo, pesquisador da Agência Espacial Italiana, um dos autores da proposta.
“O momento de agir é agora. Com a passagem do tempo, teremos de remover mais e mais fragmentos”, disse Castronuovo à BBC.

Em 2007, a China apresentou ao mundo um sistema antisatélite criado para destruir satélites desativados. Para demonstrar o funcionamento da tecnologia, os chineses destruíram um de seus próprios satélites. A operação produziu, no entanto, outros dois mil fragmentos. O que os cientistas temem é uma espécie de reação em cadeia, a chamada Síndrome de Kessler (batizada assim em referência ao cientista da Nasa que descreveu o fenômeno pela primeira vez, em 1978). Como parte do fenômeno, fragmentos se chocam com outros fragmentos que, por sua vez, se chocam com mais detritos, gerando uma nuvem de objetos que tornaria inúteis grandes porções da órbita da Terra. Os detritos representam um risco não apenas para outros satélites, mas também para a Estação Espacial Internacional e missões espaciais tripuladas.

Política Espacial – O estudo de Castronuovo identificou mais de 60 objetos em órbita a cerca de 850 km de distância da Terra, dois terços deles pesam mais de três toneladas cada um e muitos se movem a uma velocidade aproximada de 7,5 km por segundo. Entre os objetos maiores, a grande maioria é composta de pedaços de foguetes usados. Segundo Castronuovo, é por eles que a faxina deveria começar.
“É difícil do ponto de vista político. Muitos desses objetos pertencem a nações que não querem cooperar ou não permitem acesso a seus objetos, mesmo que estejam no fim de sua vida operacional”, explicou o cientista. “E não existe um regulamento internacional sobre quem deveria remover os objetos que são deixados no espaço”.”Se começarmos a nos concentrar nos fragmentos de foguetes usados – que não contêm equipamento confidencial à bordo – não seria problema para o proprietário dar permissão para sua remoção”. Castronuovo propõe um esquema no qual pequenos satélites são lançados em missões de sete anos. Cada um é equipado com dois braços robóticos. Um braço intercepta um pedaço de foguete ou satélite desativado ou quebrado e o segura. Outro fixa no objeto um motor propulsor que levará o fragmento para fora da órbita. Completada a operação, o satélite liberaria o fragmento, seguindo em direção ao próximo.
Repercussão – Fazendo uma avaliação sobre a proposta de Castronuovo e sua equipe, Stuart Eves, engenheiro da empresa de tecnologia de satélites inglesa Surrey Satelite Technology, disse: “As operações e manobras de proximidade mencionadas aqui não são fáceis, mas a tecnologia está chegando lá”. “As pessoas chegam com todo tipo de ideia absurda, que não passam de ficção científica no momento. Uma coisa como essa é bem mais prática”. Entretanto, o grande problema pode ser político. Propostas desse tipo nunca são vistas como puramente motivadas pela necessidade de retirar o lixo do espaço, explicou Castronuovo.
“Esse tipo de abordagem poderia ser visto como uma ameaça a sistemas operacionais. Se você tem o poder de ir a um objeto no espaço e derrubá-lo, nada impede você de derrubar um satélite em funcionamento, então essa questão é realmente delicada”. (Fonte: Portal iG)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tempestades em SP e no RJ vão até triplicar nos próximos 60 anos


A ocorrência de tempestades em São Paulo e no Rio de Janeiro não vai parar de crescer. A constatação é de um estudo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em parceria com o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que mostra que o aumento da temperatura das águas do oceano Atlântico devido ao aumento do aquecimento global é a causa direta dessa previsão.O levantamento concluiu que as tempestades na região Sudeste serão duas vezes maiores dentro de 60 anos, se comparado ao volume atual. Nas regiões litorâneas, a ocorrência de fortes chuvas será três vezes mais intensa.A previsão leva em conta o ritmo de aquecimento do oceano Atlântico nos últimos 60 anos. As águas ficaram 0,6ºC mais quentes. No mesmo período, a temperatura do planeta subiu 0,8ºC. Com a perspectiva que esse ritmo seja mantido, podemos esperar cada vez mais chuvas daqui para frente.
“A coisa vai piorar, do ponto de vista climático. As chuvas vão aumentar, isso é fato. Reverter isso é diminuir a emissão dos gases do efeito estufa. No curto prazo, é uma tarefa improvável. O que resta é nos prepararmos para minimizar os efeitos”, afirmou o coordenador do Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe, Osmar Pinto Junior,Além do aumento da temperatura nos oceanos, a urbanização e os efeitos do feito estufa intensificam o problema nas grandes cidades. São Paulo é um exemplo claro disso. Enquanto a temperatura média em regiões tropicais cresceu 0,6ºC, a capital paulista ficou, em média, 2ºC mais quente nos últimos 60 anos. Para tentar prevenir o aumento das chuvas, o Inpe começou a instalar um novo sistema de medição de raios, que vai permitir identificar e prever tempestades severas. Batizado de BrasilDAT, ele vai permitir que sejam identificada a incidência de raios que ocorrem apenas no céu. Atualmente, só são identificados as descargas que atingem o solo.
A nova rede terá investimentos de R$ 10 milhões, e contará com 75 novos sensores que cobrirão todo o Brasil. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste terão o sistema implementado até o fim do ano. No ano que vem, a BrasilDAT estará em todo o país. “As descargas permitem retratar a intensidade de uma tempestade. O sistema vai permitir que se tenha essa informação com cerca de meia hora de antecedência”, observou Pinto Junior. Ele, no entanto, reconheceu que ainda é preciso melhorar o sistema de comunicação entre diversos órgão e entidades, para se prevenir de catástrofes. “Ainda precisamos de um sistema de emergência adequado”, completou. (Fonte: Cirilo Junior/ Folha.com)