sábado, 23 de abril de 2011

Otimismo marca 1º aniversário de desastre da BP no golfo do México

Um ano depois da explosão da plataforma da BP (British Petroleum) no golfo do México que causou o maior vazamento de petróleo da história dos EUA, autoridades americanas se disseram na terça-feira (20) otimistas quanto à reversão dos danos ambientais e econômicos.

No dia 20 de abril de 2010, a explosão da Deepwater Horizon resultou na morte de 11 pessoas e deu início a um vazamento que, em quase três meses, liberou cerca de 5 milhões de barris de petróleo.
Durante os quase 90 dias de vazamento, interrompido após complexa operação de fechamento do poço, quatro Estados da costa americana do golfo foram atingidos, sofrendo graves danos ambientais e às suas economias.
“Ainda há muito trabalho a se fazer, mas grande parte da nossa água está limpa, aberta e pronta para nossos pescadores”, afirmou Bobby Jindal, governador da Louisiana, Estado mais afetado.
O presidente Barack Obama, em comunicado, disse que foram alcançados “progressos significativos”, mas “a tarefa ainda não acabou”.
Obama, à época criticado pela resposta supostamente lenta à catástrofe, disse que continuará trabalhando para que a BP e outras partes envolvidas respondam “pelos danos que provocaram”.
A BP pagou até agora cerca de US$ 5 bilhões em reparação aos danos causados ao meio ambiente e a economias costeiras e perdeu US$ 70 bilhões em valor de mercado depois do desastre.
A empresa substituiu seu diretor-chefe, um britânico, por um americano como forma de resposta à pressão.(Fonte: Folha.com)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Japão vive outro sismo um mês depois da grande tragédia

Brasileiros criam plástico revolucionário a partir de frutas

Carros feitos a partir de banana, abacaxi ou casca de coco podem virar uma realidade em breve. Na última semana, pesquisadores brasileiros da Universidade Estadual Paulista (Unesp) anunciaram que desenvolveram um novo tipo de plástico a partir de fibras de frutas que promete ser mais resistente, leve e limpo do que as alternativas conhecidas hoje em dia.

Em entrevista exclusiva ao Terra, o professor e engenheiro agrônomo Alcides Leão, que lidera o estudo, disse que o plástico revolucionário deve ter inicialmente seu principal uso na indústria automobilística, mas também poderá trazer grandes benefícios à área médica, com uso em próteses e pinos, e até mesmo na substituição do Kevlar, material usado em coletes à prova de balas e capacetes militares.
O processo se baseia na obtenção de nanocelulose a partir de frutas e outros vegetais. Na fabricação de papel, são usadas fibras de celulose, encontradas em madeira por exemplo. Agora, cientistas descobriram a nanocelulose, fibras muito menores, medidas em nanômetros, que podem ser obtidas com processamento intensivo de celulose.
"A nanocelulose é produzida a partir da celulose de varias fontes, inclusive lodo de empresas de celulose e papel. Essa nanocelulose pode ser produzida via bactérias ou via processos químicos e mecânicos, como no nosso caso", diz Leão.
Para obter as nanofibras, os cientistas colocam folhas e caules de abacaxi e demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão, onde são adicionados outros compostos químicos. O "cozimento" é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco. Estas nanofibras são tão pequenas que seria necessário colocar 50.000 delas enfileiradas para cobrir o diâmetro de um fio de cabelo humano.
Segundo Leão, o novo plástico pode no futuro substituir o aço e o alumínio. "As propriedades destes plásticos são incríveis. São 30% mais leves e de três a quatro vezes mais fortes que os comuns", diz o pesquisador, que acredita que em um prazo de dois anos várias peças de carros, incluindo painéis e para-choques, serão feitas de nanofibras de frutas.
Além do aumento na segurança, os bioplásticos permitirão a redução do peso do veículo, com um ganho direto na economia de combustível. O pesquisador brasileiro cita ainda outras vantagens. Segundo ele, os plásticos com as nanofibras de frutas incorporadas têm maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.
Outra vantagem é que o material é produzido a partir de uma fonte completamente renovável. Além disso, é preciso apenas 1 kg de nanocelulose para produzir 100 kg de plástico. "Esse processo é de baixo impacto ambiental. Mas o mais importante é que fazemos isso a partir de resíduos antes dispostos no ambiente, seja em aterros ou seja em processos de queima ou compostagem", lembra Leão.
Conforme o pesquisador, também estão sendo realizados testes na área de biomedicina, incluindo veterinária. "Já foram realizados ensaios em todas as propriedades mecânicas, físicas e químicas. Esse produto age como reforço de plásticos e pode ser usado em muitas áreas, como curativos, meniscos, próteses, implantes e pinos dentários. Também pode ser utilizado pela industria aeronáutica e na reposição de plásticos em geral", disse o cientista, que revelou que os custos para a produção do material ainda não estão fechados.
 (Fonte: Angela Joenck/ Portal Terra)

Bar ecológico em Jacarta é montado com quase tudo reciclado

Tampas de lavadoras usadas como mesas, caixas de refrescos como bancos e frigideiras servindo como pias fazem de um bar de Jacarta um oásis ecológico na era da mudança climática.

Criado há pouco mais de um ano por cinco indonésios comprometidos com o meio ambiente, o 365 Eco Bar é uma exceção na poluída e congestionada capital indonésia.
O estabelecimento busca conscientizar os frequentadores sobre o aquecimento global, embora seus criadores também compartilhem outra motivação: "O gosto pela bebida", revela à Agência Efe uma das donas, Noni Quan.
Há objetos reciclados por todos os cantos. Noni estima que cerca de 80% do estabelecimento tenha sido montado a partir de produtos reciclados.
As garrafas são utilizadas como lâmpadas, as caixas de frutas servem de bancos e a mesa do DJ se apoia sobre um tanque utilizado anteriormente pela empresa estatal Pertamina, extratora de combustível derivado de petróleo e gás.
Jacarta é a terceira cidade mais poluída do mundo, atrás apenas da Cidade do México e Bancoc, segundo dados de Ministério do Meio Ambiente indonésio.
No entanto, estas criativas ideias em uma cidade na qual reciclar é quase impensável não agradam a todos.
"Alguns clientes criticam nossa mobília. Dizem que tudo é velho", diz Wahyu Ananto, outro dos donos.
Cada canto do 365 Eco Bar foi pensado com imaginação e não é necessário entrar no estabelecimento para distingui-lo dos outros.
Lado de fora - O lado de fora do bar já deixa os pedestres perplexos. O local foi construído a partir de quatro contêineres utilizados pelos navios para transportar mercadorias, enquanto a estrutura de aço que suporta o telhado provém de um hotel que foi demolido.
Na porta, um grande cartaz lembra aos clientes quantos dias faltam para o fim do ano.
"Pretendemos que as pessoas se perguntem o que vão fazer no tempo que resta para cuidar do planeta", explica Ananto.
Este bar ecológico não se limita à reciclagem. Seus donos sabem que fazer um uso apropriado da energia é ainda mais importante, por isso o ar condicionado do local não utiliza gás freón, prejudicial para o meio ambiente, e todas as lâmpadas são de baixo consumo.
"Sabemos que em outros países existem muitos bares como o nosso, mas na Indonésia é uma revolução", ressalta Ananto.
A capital da Indonésia, cuja região metropolitana é habitada por mais de 25 milhões de pessoas, sofre graves problemas ambientais por causa de uma urbanização descontrolada, da superpopulação, da falta de infraestruturas e do crescente número de veículos.
A cada seis meses, o 365 Eco Bar organiza um mercadinho no qual vende mobília reciclada e utensílios que foram usados durante um tempo no estabelecimento para propiciar aos consumidores "que levem a experiência da reciclagem para casa", segundo Quan.
Nada está no local por acaso. Até os desenhos nas paredes do estabelecimento foram escolhidos após uma árdua seleção entre dezenas de artistas que propuseram uma visão particular da defesa do meio ambiente.
Animais lutando por sua sobrevivência na selva urbana e peixes nadando entre corais são algumas das imagens que enfeitam o 365 Eco Bar.
A proposta ecológica na noite de Jacarta funcionou melhor do que o esperado e os donos do estabelecimento já planejam a abertura de outro bar no mesmo estilo na turística ilha de Bali.
Segundo dados do Worldwatch Institute, o governo indonésio só tem capacidade para recolher 50% do lixo que o país produz.
Esta circunstância faz com que pequenas ações, como este bar, além de promoções de reciclagem e sustentabilidade, sejam fundamentais para o país asiático. (Fonte: Folha.com)



Paula Regueira LealPaula Regueira Leal

Avião abastecido por luz solar será colocado à prova em 2012

Avião Solar Impulse faz seu primeiro voo de 25 horas, para testar capacidade das baterias no período noturno


O protótipo de avião Impulso Solar HB-SIA deve tentar seu primeiro voo ao redor da Terra daqui a um ano.

Nesta segunda-feira (11), o piloto alemão Markus Scherdel realizou um teste preliminar no aeroporto de Payerne, na Suíça.
A nave possui 12 mil captadores de luz solar que estão distribuídos nas asas com medida total de 64,3 metros de comprimento. (Fonte: Folha.com)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Japão adverte que deter vazamento radioativo vai durar meses

Um conselheiro do primeiro-ministro japonês reconheceu que serão necessários MESES para deter o vazamento radioativo da central de Fukushima, onde os funcionários tentavam fechar neste domingo uma rachadura em um poço que leva a contaminação para o mar.
Na região nordeste do Japão, devastada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, 25.000 soldados japoneses e americanos entraram no terceiro dia de buscas de vítimas. Até o momento apenas 167 corpos foram recuperados.
Três semanas depois da tragédia, o balanço ainda provisório registra 12.009 mortes confirmados e 15.472 desaparecidos.
A central Fukushima Daiichi (N°1), próxima do Oceano Pacífico e a 250 km ao norte de Tóquio, foi concebida para resistir a ondas de seis metros, mas não de 14, como foi o caso.
O maremoto posterior ao tremor de 9 graus afogou os circuitos elétricos e o sistema de resfriamento da central.
Quatro reatores registraram um aquecimento perigoso, provocando explosões e liberando fumaça radioativa. A empresa Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da central, conseguiu conter o superaquecimento jogando água nas instalações.
O acidente, o mais grave desde a catástrofe nuclear de Chernobyl em 1986, “será uma longa batalha”, reconheceu Goshi Hosono, conselheiro do primeiro-ministro Naoto Kan.
“Provavelmente serão necessários vários meses para deter os vazamentos radioativos. O maior desafio são as quase 10.000 barras de combustível usado, cuja retirada levará muito tempo”, disse. (Fonte: Yahoo!)

Empresa confirma vazamento de líquido radioativo em mar do Japão

Responsável pela gestão da usina nuclear de Fukushima, no Japão, a empresa Tokyo Electric Power (Tepco) confirmou neste sábado (2) o vazamento de um líquido altamente radioativo para o Oceano Pacífico.
O vazamento ocorre por uma rachadura de cerca de 20 centímetros na parede de uma fossa perto do reator 2, que tem água com alto nível de radiação numa profundidade entre 10 e 20 centímetros.
Agora, funcionários da empresa trabalham para conter o vazamento. A intenção é tampar a rachadura usando cimento. A Tepco também investiga se há outros vazamentos.
Nesta quinta-feira (31), a operadora informou que o nível de radiação na água de uma canalização subterrânea fora do prédio do reator 2 da usina estava mais de 10 mil vezes acima do nível normal permitido nos reatores. A Tepco também achou radiação em água do solo perto do reator 1.
Operários da usina ainda tentam drenar a água radioativa que se acumulou em diversas áreas dos reatores 1, 2 e 3. Além disso, é preciso restaurar o resfriamento dos reatores. (Fonte G1)

Especialistas alertam para o perigo dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente


Especialistas que participaram de mesa-redonda promovida pela Rádio Nacional de Brasília, da Empresa Brasil de Comunicação, para debater o uso inadequado de agrotóxicos nas lavouras, alertaram para a importância de substituir os defensivos agrícolas por produtos de menor toxicidade e também para o perigo do uso de agrotóxicos contrabandeados.
Eles observaram que é preocupante a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal que pode afetar a saúde humana. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, José Luiz Santana, um dos debatedores, ponderou que o uso de defensivos acaba sendo necessário para que a produção agrícola mundial se situe no patamar anual de 2 bilhões de toneladas de grãos.
Por isso, segundo ele, “é preciso que a própria sociedade cobre o emprego correto desses produtos de forma que os efeitos negativos para a saúde do consumidor sejam reduzidos”.
O médico e doutor em toxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso Wanderlei Pignatti afirmou que, em 2009, foram utilizados, no Brasil, 720 milhões de litros de agrotóxicos. Só em Mato Grosso, foram consumidos 105 mil litros do produto. Ele indaga “onde vai parar todo esse volume” e defende a reciclagem das embalagens vazias a fim de não contaminarem o meio ambiente.
Pignatti alerta que a chuva e os ventos favorecem a contaminação dos lençóis freáticos. Entre os defensivos agrícolas mais perigosos, ele cita os clorados, que estão proibidos em todo o mundo e ainda são utilizados largamente no Brasil. São defensivos que causam problemas hormonais e que podem afetar a formação de fetos, segundo o médico.
O professor relatou que, nos locais onde o uso de agrotóxicos não é feito com critério, encontram-se casos de contaminação do próprio leite materno, “o alimento mais puro que existe”, o que ocorre pela ingestão do leite de vaca. “A mulher vai ter todo o seu organismo afetado quando o seu leite não estiver puro e os efeitos tóxicos podem ficar armazenados nas camadas de gordura do corpo”.
Ele lembrou ainda há resolução do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que proíbe a pulverização de agrotóxicos num raio de 500 metros onde haja habitação e instalações para abrigar animais, distância que tem que ser observada também em relação às nascentes.
O professor Mauro Banderali, especialista em instrumentação ambiental na área de aterros sanitários, reconhece que, apesar da cultura de separação do lixo tóxico em aterros que há existe no país, ainda não se sabe exatamente o potencial dos agrotóxicos para contaminar o solo e a água e, consequentemente, os seres humanos pelo consumo de alimentos cultivados em áreas pulverizadas. “A preparação do campo para o plantio é, frequentemente, feita sem se saber se vai vir chuva. Quando o tempo traz surpresas, ocorre a contaminação das nascentes em lugares onde a aplicação foi demasiada”.
O professor José Luiz Santana ressalva que há, no país, propriedades muito bem administradas onde há a preocupação de manter práticas sustentáveis. Ele, no entanto, denunciou que há agricultores que usam marcas tidas como ultrapassadas na área dos químicos e que podem ser substituídas por alternativas de produtos mais evoluídos, disponíveis no mercado.
Para ele, apesar da seriedade do assunto, “não se deve assustar as pessoas quanto ao consumo de alimentos”, já que as áreas do governo que cuidam do tema têm o dever de trabalhar pelo bom uso dos agrotóxicos e, além disso, conforme ressaltou, a agricultura conta com um “trabalho de apoio importante por parte de organizações não governamentais que procuram difundir o uso correto dos defensivos agrícolas.(Fonte: Lourenço Canuto/ Agência Brasil)

Greenpeace - descaso com a população

No começo desta semana, uma equipe de ativistas e cientistas do Greenpeace foi à região próxima a Fukushima, no Japão, para investigar os reais níveis de radiação decorrentes do acidente nuclear. O resultado não é nada bom. Jacob Namminga, um dos integrantes de nossa equipe, mandou seu relato via Skype no dia 26 de março:

“Estamos em Yonezawa, 45 km a noroeste de Fukushima. Trouxemos bastante comida de Osaka para evitar os alimentos produzidos por aqui, especialmente o leite, por conta do alto teor de contaminação. Ontem estivemos em um abrigo onde estão 500 pessoas, 300 delas refugiadas da radiação. Durante o dia os aparelhos de medição de radiação ficam ligados e o alarme soa o tempo todo avisando de níveis altos de radiação. As paisagens montanhosas deste lado do Japão são muito bonitas, pena que o olhar sempre se desvia para o medidor de contaminação”.

Dias depois, nossa equipe trouxe os primeiros resultados do trabalho. Na cidade de Iitate, a 40 km da usina, eles detectaram níveis de radiação acima do que é considerado seguro para seres humanos. O alerta foi confirmado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no dia 31 de março, porém o governo mantém a área de evacuação somente a 20 km da usina, colocando a saúde de seus cidadãos em risco grave. O Greenpeace continuará na área avaliando os impactos do acidente. 

Aparentemente o descaso com a população é comum na realidade japonesa tanto quanto é na brasileira. Aqui, o governo se recusa a repensar o programa nuclear brasileiro e mantém comunidades próximas das usinas Angra 1 e 2 sob ameaça – além de continuar o plano de construir ali uma terceira usina e outras no Nordeste. Isso no país com um dos maiores potenciais de geração de energia renovável do mundo.  

Mais de 18 mil pessoas já assinaram a petição pedindo à presidente Dilma que pare o investimento em energia nuclear e opte por fontes renováveis, como vento e sol. Precisamos fortalecer nossa mensagem e dizer a ela que nós, brasileiros, não precisamos de nuclear. Assine a petição
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