quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vazamento resulta em 5 mil litros de óleo combustível em rio do Paraná

Cerca de 5 mil litros de óleo combustível contaminaram o rio que abastece o município de Cascavel, no Paraná, após um acidente entre dois caminhões resultar no derramamento da carga dos veículos. O acidente ocorreu dia19/02.
Como reflexo do vazamento, ao menos 120 mil pessoas estão sem acesso a água, número que representa quase metade da população de Cascavel. Embora o acidente não tenha deixado feridos, o prejuízo para o meio ambiente na região foi enorme.
Foram montadas barreiras para conter o avanço da mancha de combustível no rio e equipamentos sugavam o lubrificante da água, mas nada adiantou. O produto se espalhou por 14 quilômetros do rio e atingiu uma das três estações de tratamento a cidade.
A previsão da companhia de abastecimento do Paraná é de que cerca de 60% da população da cidade fique sem água nesta segunda-feira (21). O abastecimento de água na em Cascavel não deve voltar ao normal antes de quarta-feira (23). (Fonte: G1)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Governo prepara proposta de flexibilização do Código Florestal

O governo prepara uma proposta de flexibilização do Código Florestal que prevê o plantio em áreas de preservação permanente para a agricultura familiar e exclui qualquer anistia a desmatadores.

A base da proposta foi elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente e está neste momento sendo discutida com outras pastas.
A presidente Dilma Rousseff, que se comprometera na campanha a não anistiar desmatamentos, encarregou a ministra Izabella Teixeira de costurar um consenso entre ruralistas e ambientalistas.
A ideia é impedir a aprovação do polêmico projeto de reforma do código do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tem votação em plenário marcada para o mês que vem.
Segundo os ambientalistas, o texto de Rebelo é conivente com o desmatamento, ao propor, por exemplo, que áreas desmatadas até 2008 sejam isentas de multa.
Os ruralistas pressionam pela mudança imediata do código, argumentando que a lei atual criminaliza o setor produtivo e atrapalha a produção de alimentos.
Um decreto presidencial de 2009 determina multa para fazendeiros que não estiverem em conformidade com a lei. Sua entrada em vigor vem sendo prorrogada há mais de um ano - a nova data é 11 de junho.
"Noventa e cinco por cento das propriedades brasileiras vão entrar na ilegalidade", diz o deputado federal Marcos Montes (DEM-MG). "A punição já está havendo, por falta de crédito", continuou. O Banco do Brasil já anunciou que só terá financiamento quem cumprir o código ou aderir ao programa de regularização do governo, o Mais Ambiente. (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

Conservação Internacional lista as dez florestas mais ameaçadas do mundo

Para marcar o início do Ano Internacional das Florestas, a Conservação Internacional (CI) lançou a lista dos dez hotspots florestais mais ameaçados do mundo. Os chamados ”hotspots de biodiversidade” são áreas de extrema riqueza biológica, com elevado índice de espécies únicas de animais e plantas, e que se encontram altamente degradados e sob risco de desaparecer.

No caso dos dez hotspots florestais mais críticos, todos já perderam 90% ou mais de sua cobertura original e cada um abriga pelo menos 1.500 espécies de plantas endêmicas, ou seja, que só existem ali. Eles incluem florestas no sudeste asiático, na Nova Zelândia, nas montanhas do centro-sul da China, na região costeira da África Oriental e na ilha de Madagascar. O Brasil aparece na lista com a Mata Atlântica, da qual restam apenas 8% da cobertura original, e que abriga cerca de 20 mil espécies de plantas, 40% das quais endêmicas.
As florestas cobrem apenas 30% da área de nosso planeta e ainda assim abrigam 80% da biodiversidade terrestre do mundo. Elas também garantem o sustento de 1,6 bilhão de pessoas, que dependem diretamente de florestas saudáveis para sobreviver. As interações entre as espécies e os ecossistemas fornecem muitas das necessidades mais básicas para a sobrevivência humana na Terra, tal como ar puro, solos saudáveis, remédios, polinização de safras agrícolas e água doce.
A função das florestas na estabilização do clima também deve ser reconhecida, visto que emissões resultantes da destruição de florestas representam aproximadamente 15% das emissões totais de gases do efeito estufa. Os dez hotspots florestais mais ameaçados do mundo armazenam mais de 25 gigatons de carbono, auxiliando na mitigação dos efeitos da mudança climática.
“As florestas estão sendo destruídas a uma taxa alarmante para dar lugar a pastagens, plantações, mineração e expansão de áreas urbanas. Com isso, estamos destruindo nossa própria capacidade de sobreviver,” aponta Langrand. “As florestas não podem ser vistas apenas como um grupo de árvores, mas como fornecedores de benefícios vitais. Elas são importante fator econômico no desenvolvimento de diversas cidades, fornecendo madeira, alimento, abrigo e recreação, e possuem um potencial ainda maior que precisa ser percebido em termos de provisão de água, prevenção de erosão e remoção de carbono”.
Em adição a sua relevância para a biodiversidade e a estabilização do clima, as florestas são os mais importantes reservatórios de água doce do planeta. Cerca de três quartos da água doce acessível do mundo vêm de vertentes florestais e dois terços de todas as maiores cidades em países em desenvolvimento dependem das florestas em suas cercanias para seu suprimento de água limpa.
“Visto que a população global está projetada para atingir o total de até 9 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, o acesso à água ficará mais difícil se milhões de hectares de florestas tropicais continuarem a ser queimados todos os anos”, explica Tracy Farrell, diretora do Programa de Conservação de Água Doce da Conservação Internacional. “Excetuando-se as instalações de dessalinização, que são economicamente muito caras, ainda não encontramos outra forma de manter nosso suprimento de água doce a não ser protegendo as florestas remanescentes ao redor do mundo”.
“Durante este Ano Internacional das Florestas, encorajamos fortemente os países a realizar uma nova abordagem na proteção e preservação de suas florestas, que são ativos importantes globalmente,” adiciona Langrand. “Florestas saudáveis são uma parte importante do capital natural e nos oferecem os melhores meios econômicos para enfrentar os diversos desafios ambientais da mudança climática e a crescente demanda por produtos florestais”. (Fonte: Conservação Internacional)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SOS Mata Atlântica constata que 30% das fontes de água do país têm qualidade ruim ou péssima

Pesquisa da organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica mostra que as fontes de água no país estão cada vez mais poluídas e que, diante disso, a saúde da população corre risco. Ao analisar amostras de 43 corpos d'água, em 12 estados e no Distrito Federal, a ONG verificou que nenhuma amostra foi considerada boa ou ótima.

As análises foram feitas ao longo de 2010. Com base em parâmetros definidos pelo Ministério do Meio Ambiente, o estudo revela que em 70% das coletas feitas em rios, córregos, lagos e outros corpos hídricos, a qualidade da água foi considerada regular. Em 25%, a qualidade era ruim e em 5%, péssima.
Em visitas a pontos de educação ambiental da ONG, foi avaliada a qualidade da água para consumo e concluiu-se que as águas precisam de tratamento para qualquer uso, seja para o consumo ou para indústria. Nos locais visitados, também foi constado que o principal agente de poluição é o esgoto doméstico.
Indicadores da falta de saneamento básico, como a presença coliformes, larvas e vermes, lixo e baixa quantidade de oxigênio na água, além de dez propriedades físico-químicas foram testadas pela ONG. Das 43 coletas analisadas, o pior resultado foi a do Rio Verruga, em Vitória da Conquista (BA), e a do Lago da Quinta da Boa Vista, no Rio.
Em condição um pouco melhor, mas ainda considerada regular e, consequentemente imprópria para consumo, estavam as amostras coletadas no Rio Doce, no município de Linhares (ES), e na Lagoa de Maracajá, em Lagoa dos Gatos (PE).


"A poluição está muito mais vinculada à emissão de efluentes domésticos que industriais, ultimamente", disse o geógrafo do projeto, Vinicius Madazio. "É um problema porque 60% dos brasileiros vivem na [região de] Mata Atlântica", completou, reivindicando que as políticas públicas de saneamento básico sejam prioridade do governo e da sociedade.


A qualidade da água é um das preocupações da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou o período entre 2005 e 2015 a década internacional Água para Vida. Em 2006, a instituição estimou que 1,6 milhão de pessoas, principalmente crianças menores de cinco anos, morram anualmente por causa de doenças transmitidas pela água.
 (Fonte: Agência Brasil)

Família britânica produziu apenas uma sacola de lixo em 2010

Uma família britânica diz ter conseguido produzir apenas uma sacola de lixo em todo o ano de 2010.

O casal Richard e Rachelle Strauss e a filha Verona, de 9 anos, reciclam praticamente tudo, plantam grande parte da própria comida e transformam restos de alimento em adubo. Além disso, eles compram produtos diretamente de produtores locais para evitar embalagens em excesso e quando vão ao açougue, por exemplo, eles levam os próprios recipientes. Em 2009, eles conseguiram reduzir sua produção de lixo para apenas uma lata. Em 2010, os Strauss, que vivem em Longhope, no condado de Gloucestershire, eles decidiram aumentar o desafio e não produzir lixo nenhum.


'Estamos muito felizes com o resultado. Nós sabíamos que produção 'zero' de lixo seria impossível, mas se você não colocar as metas lá no alto, nunca vai saber o que pode alcançar', disse Rachelle Strauss. A pequena sacola de lixo continha alguns brinquedos quebrados, lâminas de barbear, canetas e negativos fotográficos.


Contaminação por plástico - A ideia de reduzir drasticamente a produção de lixo da família surgiu em 2008, mas quando Rachelle falou com o marido sobre sua proposta, percebeu que ele não estava interessado. 'Richard só resolveu encampar a ideia depois de ler uma série de artigos sobre os danos causados à vida marinha pela contaminação por plástico. Ele ficou muito impressionado', disse Rachelle à BBC Brasil.


Os Strauss começaram o desafio reduzindo o uso de plástico. Depois, passaram a reciclar e reaproveitar cada vez mais, além de usar baterias recarregáveis e painéis solares para gerar energia. Para quem quer reduzir a produção de lixo, minha primeira dica seria pensar no que você está comprando e escolher produtos com menos embalagem e com invólucros que sejam recicláveis. Em segundo lugar, é importante evitar o desperdício de alimento. Aqui na Grã-Bretanha, um terço da comida que compramos acaba no lixo. Em terceiro lugar, tente reciclar o máximo que puder', aconselha Rachelle.


 (Fonte: G1)

Campanha do MMA evita consumo de 5 bilhões de sacolas plásticas

Cerca de cinco bilhões de sacolas plásticas deixaram de ser consumidas em um ano e meio de campanha Saco é um Saco. A meta da campanha era atingir 10% de redução de sacolas plásticas até o final de 2010, tendo como base o ano de 2009, quando foram produzidas 15 bilhões de sacolas no Brasil. A meta foi ultrapassada, chegando a 33% de redução. De acordo com a coordenadora técnica da campanha no Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro, trata-se de um "resultado coletivo motivado pelo debate nacional sobre o consumo de sacolas plásticas".

Com criatividade os supermercadistas buscaram voluntariamente alternativas para favorecer a mudança de comportamento do consumidor. O WalMart criou o programa "Cliente Consciente Merece Desconto", oferecendo desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens adquiridos. O desconto é calculado diretamente nos caixas das lojas. Para ganhar o desconto, pode-se utilizar qualquer embalagem alternativa às sacolas plásticas, como sacolas retornáveis, caixas de papelão ou carrinhos de feira.


Já o Pão de Açúcar passou a oferecer pontos no cartão fidelidade aos clientes que recusarem sacolas plásticas e a empresa de produtos de higiene Kimberly-Clark incluiu alças às embalagens de papel higiênico, para que o consumidor não precise de uma sacola plástica para carregar seu pacote. Além dessas empresas, a campanha contou com outros parceiros que agregaram esforços, como Carrefour, CPFL, Livraria Saraiva, CNT, Rádio Câmara, Vivo, Gol Linhas Aéreas e instituições de referência no tema consumo consciente como Instituto Akatu e WWF. Vários artistas também se engajaram na campanha.


Consciência ecológica coletiva - Durante os 18 meses de campanha, reduzir o consumo de sacolas plásticas passou a ser consequência do debate promovido com a sociedade brasileira sobre a tragédia socioambiental causada pelo consumo excessivo de sacolas plásticas, bem como do engajamento dos consumidores e do setor varejista na causa. Para a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, ao mobilizar a sociedade brasileira em torno do tema 'consumo consciente de sacolas plásticas', "a campanha estimulou o pensamento crítico acerca de como consumimos e que impacto este consumo tem no meio ambiente e em nossa qualidade de vida. Provocou varejistas, industriais, o poder público em vários estados e municípios, e também consumidores, a encontrar soluções".


Com a mobilização, foi possível estimular ações de governo e do setor produtivo para o consumo consciente de embalagens e ainda atuar de forma convergente aos objetivos e compromissos do Brasil no Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis, ligado ao Processo de Marrakech, coordenado pelas Nações Unidas, do qual o País participa desde 2007 para apoiar e fortalecer iniciativas que promovam mudanças nos padrões de consumo e produção.


A campanha foi citada pela Consumers International em seu site como um bom exemplo de prática voltada para o consumo sustentável e no cenário internacional colocou o Brasil no grupo de países que já estão fazendo algo para minimizar o impacto ambiental das sacolas plásticas. O uso de ecobags promove a diminuição do consumo de petróleo e sua conseqüente emissão de CO2, bem como a produção de lixo que viaja pelas correntes marinhas por todo o Planeta.


O que vem por aí - Com o pontapé inicial dado pela campanha, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) se animou e estipulou metas de redução para o setor varejista, atingindo aproximadamente 76 mil estabelecimentos espalhados por todo País. Trata-se de pacto setorial firmado com o MMA que prevê a redução em 30% das sacolas plásticas nas lojas de todo o País até 2013 e 40% até 2014, tendo como base os números de produção de 2010, estimados em aproximadamente 14 bilhões. Algumas redes de supermercados estabeleceram suas próprias metas, como o Walmart que pretende reduzir em 50% até 2013 e o Carrefour que deseja banir as sacolas plásticas em suas lojas até 2014.


E a conscientização continua, pois como alerta o slogan da campanha: "Saco é um Saco: pro Planeta, pra Cidade, pro Futuro e pra Você". (Fonte: MMA)

Revisão do Código Florestal pode legalizar área de risco e ampliar chance de tragédia

As mudanças propostas pelo projeto de alteração do Código Florestal - pensadas para o ambiente rural e florestas - ampliam as ocupações de áreas sujeitas a tragédias em zonas urbanas. O texto em tramitação no Congresso deixa de considerar topos de morros como áreas de preservação permanente e libera a construção de habitações em encostas. O projeto ainda reduz a faixa de preservação ambiental nas margens de rios.

A legislação atual proíbe a ocupação em áreas de encostas a partir de 45 de inclinação, em topo de morro e 30 metros a partir das margens dos rios -a distância varia de acordo com a largura do rio. A proposta já foi aprovada por uma comissão especial e deve ser votada pelo plenário da Câmara em março. Se aprovada, vai para o Senado.


Para que serve - Nos morros, o objetivo da lei atual é preservar a vegetação natural, que aumenta a resistência das encostas e reduz deslizamentos de terra. Nas margens dos cursos d'água -rios, córregos, riachos, ribeirões etc. -, a área reservada visa preservar as várzeas, espaços onde os alagamentos são naturais nas épocas das chuvas fortes. Boa parte da legislação não é cumprida, principalmente nas cidades. Mas as prefeituras, responsáveis por fiscalizar as regras e impedir a ocupação dessas áreas, têm os dispositivos à disposição.
Mesmo que a ocupação irregular ocorra, os limites atuais facilitam a remoção sem necessidade, por exemplo, de desapropriação de terras, afirma Marcio Ackermann, geógrafo e consultor ambiental, autor do livro "A Cidade e o Código Florestal". Ele diz que as áreas de preservação permanente previstas no Código Florestal coincidem, na maioria, com as áreas de risco de ocupações.


Críticas - O secretário do Ambiente do Estado do Rio, Carlos Minc, critica as mudanças. "O que ocorreu no Rio -[já] tinha acontecido antes em Santa Catarina e outras áreas- mostra um pouco onde leva essa ocupação desordenada das margens de rios e das encostas. Eu acho que isso mostra a irresponsabilidade dessa proposta", diz.
O relator do projeto de revisão do Código Florestal, deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP), nega mudança nas regras de ocupação das cidades, embora o texto fale, com todas as letras, sobre regularização fundiária em áreas urbanas consolidadas.
(Fonte: Vanessa Correa e Evandro Spinelli/ Folha.com)

Consumo de Energia

Um estudo da Universidade de Cambridge (Reino Unido) mostra que a energia global poderia ser economizada em 73% com a adoção de medidas simples e o uso de tecnologias existentes. As discussões sobre a redução das emissões de gás-estufa geralmente se concentram em formas de gerar energia limpa, sem mexer no consumo mundial, e não no aproveitamento do que já está disponível.

Para chegar a esse número dos 73%, Julian Allwood e colegas de Cambridge analisaram prédios, veículos e indústrias, aplicando uma política de como aproveitá-los melhor. As alterações em casas e edifícios incluem instalação de vidros triplos para melhorar o isolamento térmico, utilização de tampas de panelas ao cozinhar e redução da temperatura de máquinas de lavar roupa e louça, entre outras mudanças. No transporte, também é indicado que o peso dos carros seja limitado a 300 quilos.


"Se podemos promover uma redução séria de nossa demanda por energia", diz Allwood, "todas as opções [de fornecimento de energia] vão parecer mais realísticas".

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Brasil vai ganhar um centro de prevenções de catástrofes

A criação de um centro de prevenção de catástrofes é um dos primeiros projetos que o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, quer colocar em execução no governo da presidenta Dilma Rousseff. Preocupado com os danos que as chuvas têm causado pelo país, o ministro quer integrar as previsões meteorológicas e os dados geográficos para minimizar os riscos de quem vive em áreas inadequadas.

Mercadante disse que a ideia é investir em radares capazes de mapear com precisão as áreas de risco do país. Segundo ele, elas são aproximadamente 500. Porém, não há dados confiáveis sobre todas, principalmente, as que ficam fora de São Paulo e do Rio de Janeiro. Com as áreas mapeadas, toda vez que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prever tempestades nessas regiões, a Defesa Civil será alertada para que tome as providências necessárias. “Vamos fazer um trabalho de previsão de catástrofes”, explicou. “Se vai ocorrer uma chuva muito forte em uma área de risco, você vai conseguir se antecipar para diminuir os risco de morte”, disse.


O ministro ressaltou que o Inpe conta com um dos mais avançados sistemas para previsão do tempo do mundo. Em dezembro, o órgão pôs em funcionamento um supercomputador capaz de fazer 200 trilhões de cálculos por segundo. O equipamento custou R$ 50 milhões. Em conversa com os jornalistas, logo após visitar o ex-vice-presidente José Alencar no Hospital Sírio-Libanês, Mercadante afirmou ainda que pretende investir na criação de um laboratório em alto-mar. O centro de pesquisas ficará a cerca de 500 quilômetros da costa brasileira e deve ser construído em parceria com a Petrobras e outras empresas. No laboratório, serão feitas pesquisas sobre a biodiversidade e o aquecimento global, por exemplo. Para o ministro, com o início da exploração do petróleo da camada pré-sal, a criação deste centro de pesquisa será facilitada. “Como a estrutura da Petrobras e todas as plataformas que vão atuar, este laboratório seria inclusive uma retaguarda para os trabalhadores que estão lá”.

Hotel feito de lixo é aberto em Madri

Ambientalistas abriram na quarta-feira um hotel todo feito com lixo retirado de praias de países europeus na capital da Espanha, Madri.O objetivo da Organização Save the Beach - em português, Salve a Praia - é chamar a atenção para o problema de sujeira nas praias.

'Qualquer um que vá à praia pode deixar três ou quatro guimbas de cigarro e uma lata de Coca-Cola. Se isso for multiplicado por 47 milhões de espanhóis ou 300 milhões de europeus ou 6,5 milhões de pessoas no mundo, pode-se ver para onde estamos caminhando', afirmou o cofundador da campanha, o espanhol Fernando Godoy.O hotel foi feito com sujeira catada na Espanha, França, Itália e Bélgica. O hotel tem apenas cinco quartos e foi projetado pelo artista alemão HA Schult especialmente para a campanha.A turista Virginia Moreno afirmou que, apesar de ser feito com lixo, não se sente qualquer cheiro ou desconforto.'É mais aceitável do que se imagina à primeira vista', disse.
Durante o dia, o hotel é aberto à visitação pública. À noite, recebe os hóspedes que ganharam diárias em sorteios na internet. A construção feita com lixo coletada na Espanha, Itália, Bélgica e França fica em Madri até o dia 23 de janeiro, durante a duração de uma feira de turismo da cidade.
Fonte: G1

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

“Tão importante quanto semear flores, é semear ideias. Fale com outras pessoas sobre a importância de cuidar do planeta. Você vai estar contribuindo para o florescimento de uma ótima causa.”
(Deivison Cavalcante Pedroza)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Criação de aterros sanitários é questão emergencial !

O advogado especialista em direito ambiental Victor Penitente Trevizan disse que a população precisa estar alerta quanto à produção e destinação do lixo. Segundo ele, a criação de aterros sanitários ou de postos de recebimento de resíduos é uma questão emergencial.Ele afirma que o Brasil está muito atrás dos países considerados desenvolvidos na questão da coleta de lixo. “Quanto mais industrializado o país, mais lixo ele vai produzir. A diferença é que em outros países, por exemplo, nos Estados Unidos existe uma cultura, uma preocupação maior na destinação dos resíduos. No Brasil, isso é uma novidade, para eles [EUA] já é mais antigo, é uma questão cultural efetivamente implementada.”

Para tentar solucionar os transtornos causados pela produção e destinação inadequadas do lixo, o governo implementou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei, regulamentada em dezembro do ano passado, une proteção ambiental à inclusão social, e apresenta inovações como a logística reversa, que determina o recolhimento de embalagens usadas (pilhas, baterias, pneus, eletroeletrônicos) por vendedores, distribuidores e fabricantes.O descumprimento da lei, segundo Trevizan, pode resultar em multa de até R$ 50 milhões (para empresas) e varia de R$ 50 a R$ 500 (para os consumidores). “Porém essa não é a intenção da lei, mas sim conscientizar a população dessa situação que se torna cada vez mais caótica”, afirmou ele.

Agrotóxicos são perigosos para Meio Ambiente

A maioria dos agrotóxicos comercializados no Brasil são classificados como perigosos ou muito perigosos para o meio ambiente, de acordo com relatório divulgado  pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).Os agrotóxicos são classificados pelo Ibama em quatro níveis de “potencial de periculosidade ambiental”. Os da classe 1 são considerados altamente perigosos, os da classe 2, muito perigosos, os da classe 3, perigosos e os da classe 4, pouco perigosos.

Em 2009, 88% dos defensivos agrícolas comercializados no país pertenciam às classes 1, 2 e 3: 1% são da classe 1, 38% da classe 2, e quase metade, 49%, da classe 3. Na avaliação por estados, o panorama é parecido com o nacional, com exceção do Amazonas, onde a maioria dos agrotóxicos comercializados foram do tipo pouco perigoso para o meio ambiente.Entre os riscos dos agrotóxicos para a natureza estão interferências nos processos de respiração do solo e distribuição de nutrientes, além da mortandade de espécies de aves e peixes. O insumo agrotóxico mais comercializado no país em 2009 foi o herbicida glifosato, utilizado em lavouras de 26 culturas diferentes, entre elas arroz, café, milho, trigo e soja. Avaliado na classe 3, de produtos perigosos, o agrotóxico teve 90,5 mil toneladas comercializadas no período.Entre os dez produtos agrotóxicos mais comercializados está o metamidofós, banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última semana pelos altos riscos à saúde.