segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Espécie de atum sofre por desastre no Golfo do México, diz ESA

O desastre ambiental na plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, atrapalha a reprodução da espécie Thunnus thynnus, um atum típico da região atlântica. A informação foi divulgada pela agência espacial europeia (ESA, na sigla em inglês).
O satélite Envisat, da ESA, e outros aparelhos europeus geraram dados para a formação de mapas mostrando a forma, extensão e localização da mancha de óleo.
Considerando os habitats de criação de ovos de atum, cientistas do Ocean Foundation descobriram que mais de 20% das crias, ao buscar alimentos como plânctons na superfície, acabaram morrendo por contaminação.
A espécie tem valor comercial alto  Durante os últimos trinta anos, o estoque da população de atum no Atlântico baixou 82% devido à caça intensa. A redução no número de peixes faz com que a reprodução precise ocorrer com poucos distúrbios.
Os peixes chegaram no local entre janeiro e julho para se reproduzir. O auge na produção de crias ocorreu entre abril e maio, mesma época na qual 5 milhões de litros de petróleo começaram a ser derramados em águas mexicanas e norte-americanas em 2010. O poço da British Petroleum explodiu em 20 de abril.
A reprodução do Thunnus thynnus acontece em águas superficiais, com a fêmea largando ovos para serem ferlilizados pelos machos em seguida. A presença do óleo na água prejudica o ciclo, podendo ser nociva até mesmo para os adultos da espécie.
A ESA deve apresentar mais informações sobre o trabalho dos satélites na análise do desastre do Golfo durante a COP-10, realizada em Nagoya, no Japão, para debates sobre biodiversidade.

Bioasfalto: asfalto verde substitui petróleo por óleo vegetal

Ao estudar os efeitos da adição de óleo vegetal ao asfalto comum, um engenheiro norte-americano pode ter descoberto um asfalto verde, um possível substituto para o asfalto à base de petróleo.
O professor Christopher Williams estava testando composições capazes de aguentar melhor as intensas variações de temperatura a que os asfaltos estão sujeitos, sobretudo no Hemisfério Norte, com nevascas severas onde não nevava há anos, e verões que batem recordes de temperatura ano após ano.
Mas o resultado foi muito melhor do que o esperado – o asfalto não apenas assimila uma parcela maior de bio-óleo do que o esperado, como também sua qualidade aumenta muito, em condições de rodagem e em durabilidade.
Bioasfalto – Nasceu então o bioasfalto, cujos primeiros testes começaram a ser feitos neste mês. Os ganhos começaram a ser verificados já na aplicação, uma vez que o bioasfalto pode ser aplicado a uma temperatura menor do que o asfalto tradicional de petróleo.
Como esses primeiros testes serão focados na durabilidade e na resistência às variações de temperatura, os pesquisadores escolheram uma ciclovia na própria universidade como laboratório.
O monitoramento sobre o bioasfalto será feito durante um ano, para cobrir todas as estações.
O professor Williams afirma que o bioasfalto permite que a mistura à base de petróleo seja substituída parcialmente por óleos derivados da biomassa de diversas plantas e árvores.
Pirólise rápida – O bio-óleo utilizado no bioasfalto é criado por um processo termoquímico chamado pirólise rápida, no qual talos de milho, resíduos de madeira ou outros tipos de biomassa são aquecidos rapidamente em um ambiente sem oxigênio.
O processo produz um óleo vegetal líquido que pode ser usado para a fabricação de combustíveis, produtos químicos e asfalto.
O processo gera ainda um produto sólido chamado biocarvão – um carvão vegetal – que pode ser usado para enriquecer os solos e para remover gases de efeito estufa da atmosfera.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Impactos Ambientais

Água será o problema mais sério da próxima década, diz conselheiro britânico




A falta de água pode se tornar o problema mais sério da próxima década, atrelada ao crescimento mundial da população, alertou o principal conselheiro científico do governo britânico, John Beddington.

As mudanças climáticas vão levar a mais secas e inundações, o que acarretaria problemas com o suplemento de água fresca. “Crescimento populacional, aumento da riqueza e da urbanização, e mudanças climáticas, tudo representa grandes problemas para a humanidade”, disse Beddington durante encontro global sobre clima e energias alternativas. “Mas a disponibilidade de água fresca será o primeiro problema a ser solucionado”, completou.

A população mundial de aproximadamente 6,6 bilhões de pessoas deve aumentar 2,5 bilhões até 2050. Segundo um estudo das Nações Unidas, em regiões da África, um contingente formado por 90 milhões a 220 milhões de pessoas enfrentarão problemas de suprimento de água já em 2020.

Segundo o conselheiro, cada país deveria focar em seus recursos naturais e de produção, além de tecnologias com baixas emissões de carbono, que, no caso do Reino Unido, envolvem a energia eólica e a nuclear. “Está bem claro que essas tecnologias serão importantes”, disse.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Qual é o tamanho da sua pegada?


Pegada Ecológica foi criada para calcular o quanto de recursos da natureza utilizamos para sustentar nosso estilo de vida. Assim, por meio de um simples cálculo, podemos saber se nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta em oferecer, renovar seus recursos e absover os resíduos que geramos.

Responda o quiz e conheça o tamanho estimado da sua pegada ecológica! Pode ser uma surpresa!

WWF: brasileiros não notam importância da natureza para vida




Uma pergunta feita pela ONG WWF Brasil à população constatou que a maioria dos brasileiros não se lembra da importância do meio ambiente para a preservação da vida quando a indagação é feita aleatoriamente. A indagação “o que você precisa para viver?” gerou, majoritariamente, respostas como: amor, família, amigos, sol e saúde.
A iniciativa faz parte da campanha cujo lema é Cuidar da Natureza é Cuidar da Vida, lançada nesta semana pela ONG. Para o coordenador do Programa para a Água Doce da WWF Brasil, Samuel Barreto, as respostas revelam a importância de conscientizar a população sobre o papel do meio ambiente na preservação da vida. “A ausência da natureza nesse tipo de preocupação mostra a necessidade de colocar esse debate junto com a opinião pública e criar esse mecanismo de sensibilização”.
Ele destacou que o engajamento do cidadão tem uma relação direta com a questão do consumo. “Porque os nossos hábitos de vida trazem impactos sobre o meio ambiente. É aquilo que a gente chama de ‘nossa pegada ecológica’. Isso também chama para uma reflexão sobre o nosso modo de vida, sobre a questão de conscientização, sobre a parte de consumo responsável, alertando para as consequências que o descuido com a natureza pode provocar”.
Entre elas, Barreto citou a redução da biodiversidade e de serviços ecológicos, como clima e água. Na campanha, a WWF Brasil está propondo ao governo a criação de unidades de conservação em todos os biomas, “como uma forma efetiva de você garantir a manutenção dessa diversidade biológica”.

ONU estima dano ambiental das empresas

Quanto custa a destruição do meio ambiente? De acordo com um estudo encomendado pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) a destruição da natureza causada pelo impacto humano em 2008 custou US$ 6,6 trilhões, ou 11% do PIB mundial. Um terço desse total (US$ 2,15 trilhões) foi de responsabilidade das 3.000 maiores empresas do planeta.
Só como comparação, esse montante é 20% maior do que as perdas de US$ 5,4 trilhões acumuladas pelos fundos de pensões dos países desenvolvidos em função da crise financeira global.
O estudo "Universal Ownership: Why environmental externalities matter to institutional investors" ("Propriedade Universal: Por que externalidades ambientais importam para investidores institucionais") foi produzido pela consultoria Truscot sob encomenda da Unep Finance Initiative (Iniciativa Financeira do Pnuma).
Essa organização é uma parceria entre a agência da ONU para o meio ambiente e 175 instituições financeiras de mais de 50 países, cuja missão é identificar e promover melhores práticas na área de finanças sustentáveis.
Trata-se de mais uma tentativa da ONU de contabilizar as perdas ambientais que o planeta vem acumulando e especialmente de monitorizar o dano causado pelo modelo de produção atual, além das suas possíveis consequências sobre os portfólios dos investidores e rentabilidade das empresas.
O relatório aponta que mantido o cenário "business-as-usual", o custo das perdas ambientais deverá chegar a US$ 28,6 trilhões em 2050, o equivalente a 18% PIB mundial.
Os autores do estudo ressaltam que por falta de dados a estimativa foi calculada somente sobre os seguintes impactos ambientais: as emissões de gases de efeito estufa; o uso da água; poluição do ar; produção de resíduos; exploração de recursos naturais (pesca e madeira).
Uma importante mensagem do estudo é o papel dos fundos institucionais já que, devido aos seus amplos portfólios, eles podem ser considerados "proprietários universais" e tem grande potencial de influenciar a forma de atuação das grandes companhias globais.
Seus investimentos estão expostos a um crescente e generalizado risco financeiro por causa dos danos ambientais. Diz o estudo: "os investidores institucionais podem exercer seu poder de influência para minimizar o tamanho desse impacto - ou das externalidades negativas - e assim reduzir a exposição a esses custos potenciais".

Investimentos sustentáveis cresceram 11%
Embora seus impactos ambientais sejam enormes e crescentes, grande parte das empresas está preocupada com o tema e muitas estão investindo em tecnologias ou métodos para minimizar os danos causados por seus sistemas produtivos.
Os investimentos em iniciativas "verdes" de 1.800 empresas americanas, com valor acima de US$ 1 bilhão, aumentaram em 11% em 2010, segundo a consultoria Verdantix. E a consultoria prevê crescimento ainda maior para 2011 (16%) e para 2012 (24%).
Segundo os executivos entrevistados pela consultoria, os recursos anuais previstos para serem gastos com projetos sustentáveis deverão chegar a US$ 60 bilhões em 2014. 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Reciclagem de energia magnética reduz consumo de eletricidade

Pesquisadores japoneses e norte-americanos criaram um equipamento capaz de reciclar o campo magnético produzido pela fiação elétrica comum do sistema de iluminação de um prédio.

Testado na fiação que alimenta as lâmpadas de edifícios que precisam ficar iluminados 24 horas por dia, o equipamento gerou uma economia de energia próxima dos 40%.

Reciclagem do campo magnético – Projetado por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Tóquio, o equipamento de recuperação da energia magnética, ou MERS (Magnetic Energy Recovery Switch), está sendo testado e aperfeiçoado em conjunto com o centro de pesquisas da Marinha norte-americana.

Ao reciclar o campo magnético gerado em volta dos fios que alimentam as lâmpadas, o MERS controla o fluxo de eletricidade, minimizando o consumo de energia e maximizando o rendimento das lâmpadas.

De Abril a Junho deste ano os pesquisadores fizeram uma série de experimentos em vários prédios públicos, envolvendo vários tipos de iluminação, inclusive fluorescentes. Os testes mostraram que a tecnologia MERS reduz significativamente o consumo de energia para iluminação.

“Ao final dos testes, verificamos que, com o novo aparelho instalado, houve picos de economia de até 39 por cento”, afirma Chandra Curtis, que coordenou os testes. “O dispositivo não apenas economiza energia, como também produz muito menos calor e gera menos interferência eletromagnética do que as tecnologias convencionais.”

Com os bons resultados alcançados, o próximo passo será equipar vários escritórios, lavanderias e ginásios para acompanhar o rendimento da tecnologia a longo prazo, o que deverá ser feito a partir de Outubro.

Iluminação pública – Sobre o potencial de uso doméstico da tecnologia, os pesquisadores afirmaram que cerca de 20% dos gastos de energia de uma residência são destinados à iluminação. Com isto, a disseminação do uso da reciclagem da energia magnética dependerá da redução dos custos de fabricação dos equipamentos.

Segundo eles, no presente estágio, a tecnologia é inigualável para aplicação em áreas que exijam que as lâmpadas fiquem acesas por longos períodos, o que ocorre principalmente em prédios públicos, shopping centers, supermercados e grandes empresas.

Desmatamento na Amazônia reduz 47%, mas região perde 265 km² de floresta


A taxa de desmatamento da Amazônia caiu 47% em agosto, mês em que as queimadas explodiram no Brasil. O dado é do Deter, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A queda se refere a agosto de 2009.
Foram 265 km² desmatados no mês, contra cerca de 500 km² em agosto de 2009 e 485 km² em julho deste ano. É um número positivo para inaugurar a série de dados de 2011 (o desmatamento é medido de agosto de um ano a julho do ano seguinte), e também uma surpresa. Afinal, em agosto as queimadas tiveram um aumento de 300% em todo o país.
Por conta dos incêndios, a degradação florestal medida pelo sistema de monitoramento por satélite do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) cresceu 241% em agosto de 2010. O desmatamento, porém, caiu 23%, diz o Imazon.
Em agosto, o Pará liderou o desmate na região, com 134 km2 de desmate, seguido por Mato Grosso, com 54,85 km2 e pelo Amazonas, com 26,4 km2 a menos de florestas no período.
No mundo – Um novo levantamento da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) indica que, nesta década, o desmate em 121 países tropicais foi menor do que nos anos 1990. Os números: 9,34 milhões de hectares anuais, contra 11,33 milhões na década passada. 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mundo dobra uso de água subterrânea em quatro décadas

A humanidade se tornou uma usuária tão sedenta das águas subterrâneas do planeta que essa exploração pode ser responsável por um quarto do aumento anual do nível dos oceanos.
Usando estatísticas e simulações de computador sobre a entrada e saída de água dos lençóis freáticos, Bierkens e companhia estimam que a exploração de água doce subterrânea mais do que dobrou dos anos 1960 para cá, passando de 126 km3 para 283 km3 por ano, em média.
A questão, lembram os pesquisadores, é que ainda não dá para saber o preço exato da brincadeira, porque ninguém tem dados precisos sobre a quantidade de água subterrânea no mundo. Mas, a esse ritmo, se tais reservas fossem equivalentes aos célebres Grandes Lagos dos EUA e Canadá, essa fonte de água seria esgotada em 80 anos.
De qualquer maneira, a preocupação se justifica porque, de acordo com estimativas, 30% da água doce da Terra está no subsolo.
Com exceção das calotas polares as quais ninguém em sã consciência gostaria de derreter, já que os efeitos sobre os mares e o clima seriam imensos, trata-se da principal fonte de água potável do mundo. Rios e lagos na superfície são só 1% do total.
Beberrões – Algumas regiões são especialmente beberronas, mostra a pesquisa. Não por acaso, são centros de grande produção agrícola em áreas naturalmente já não muito chuvosas: noroeste da Índia, nordeste da China e do Paquistão, Califórnia e meio-oeste americano. A exploração desenfreada afeta principalmente, como seria de esperar, os agricultores mais pobres.
Segundo Bierkens, a água que sobrar “vai acabar ficando num nível tão baixo que um fazendeiro comum, com sua tecnologia normal, não vai mais conseguir alcançá-la”.
Ao trazer para a superfície quantidades portentosas do líquido, a exploração sem muito controle aumenta a evaporação e, consequentemente, a precipitação em forma de chuva, o que acaba favorecendo o aumento do nível dos mares ligado ao uso dos aquíferos do subsolo.
Embora a pesquisa não aborde diretamente a situação brasileira, o país tem razões de sobra para se preocupar com a situação dos aquíferos subterrâneos.
O interior brasileiro abriga, por exemplo, a maior fração do aquífero Guarani, gigantesca reserva com 1,2 milhão de km2.
Hoje, 75% dos municípios do interior paulista precisam usar as águas do aquífero para seu abastecimento. No caso de Ribeirão Preto, uma das principais cidades do Estado, essa dependência é total. 

Estudo relaciona diabetes com poluição do ar




Um estudo divulgado pelo Hospital Infantil de Boston, encontrou uma forte relação entre a diabetes nos adultos e partículas de poluição atmosférica, mesmo quando a exposição é inferior ao atual limite de segurança estabelecido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês).
 Na pesquisa do Hospital Infantil de Boston, para cada aumento de 10 microgramas por metro cúbico de exposição a partículas poluentes, houve um aumento de 1% da incidência de diabetes.
A diferença entre a ocorrência da doença nos município com maior e menos índice de poluição é de cerca de 20%, diz a pesquisa. “De uma perspectiva política, os resultados sugerem que os limites atuais de exposição podem não ser adequados para evitar os resultados negativos na saúde pública”, diz John Brownstein, um dos autores do estudo.
Allison Goldfine, tamém co-autor do estudo e diretor de pesquisa clínica do Joslin Diabetes Center, lembra ainda que esses fatores ambientais podem contribuir para uma epidemia de diabetes em todo o mundo. “Enquanto muita atenção tem sido corretamente atribuída para evitar os hábitos de alimentação muito calórica e sedentarismo, fatores adicionais podem fornecer novas abordagens para a prevenção do diabetes”, diz.
Os pesquisadores afirmaram ter o objetivo de dar continuidade ao estudo, incluindo pesquisas sobre os mecanismos inflamatórios da diabetes e o papel das partículas de poluentes nesse caso. “Nós também temos um interesse em investigar esta descoberta em nível internacional, onde os padrões de controle da poluição podem ser menos rigorosos, conclui Brownstein.

Encalhe de baleias bate recorde no litoral do país

O ano de 2010 já registra um recorde de encalhe de baleias jubarte no litoral brasileiro. Dos 73 encalhes registrados no litoral, 66 ocorrências são da espécie jubarte, segundo o Instituto Baleia Jubarte (IBJ). Esse número é cerca de 60% maior do que o registrado em 2007, ano em que ocorreram 41 encalhes da espécie, e era recorde até então. No ano passado foram registrados 30 encalhes da espécie.
Segundo o veterinário e coordenador do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, vários fatores podem ter provocado o aumento deste ano, entre eles, a diminuição da oferta de alimentos na região da Antártida, por conta do aquecimento global, o surgimento de algum tipo de bactéria que provoque doenças, ou até mesmo o aumento do número de nascimentos. Segundo ele, o encalhe de filhotes dessa espécie representa 58% do total.
“De 2002 a 2005 tivemos uma média de 22 encalhes por ano. De 2006 a 2009 a média aumentou para 36 ao ano. Vimos também que as mortes aumentaram em outras regiões como Argentina e Austrália. Estamos avaliando esse conjunto de fatores com biólogos e veterinários estrangeiros para identificar causas comuns. Pode ser qualquer um desses fatores, mas também pode ser nenhum deles. Ainda estamos avaliando as causas das mortes”, afirma o veterinário.
Bahia e Espírito Santo são os estados que registraram o maior número de animais mortos. Na Bahia, ocorreram até agora 30 encalhes; e no Espírito Santo, 21. Segundo Marcondes, as condições de água quente e rasas atraem a espécie para esses estados para o ciclo de acasalamento e reprodução.
O veterinário acredita que, até o fim do ano, aproximadamente 80 casos de encalhe sejam registrados.
Encalhe de outras espécies – Neste ano, outras espécies de baleias também apareceram mortas no litoral brasileiro. No Sul, quatro baleias franca encalharam: uma no Rio Grande do Sul e três em Santa Catarina. Destas, três eram filhotes e uma era uma adulta. O animal adulto encalhou doente em Santa Catarina e teve que passar por processo de eutanásia, devido ao estado de debilidade.
Segundo o Projeto Baleia Franca, é comum a morte de filhotes em época de reprodução. Em 2009 foi registrado um caso de encalhe da espécie no litoral brasileiro, em Santa Catarina. Neste ano, foram registrados quatro casos de encalhes. Segundo o Projeto Baleia Franca, o índice de encalhe cresce quando aumenta o número de nascimentos.
Neste ano, dois cachalotes encalharam mortos na Bahia e em Alagoas. Segundo o Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), apesar de os animais pertencerem à família dos golfinhos, eles são considerados baleias pela Comissão Internacional da Baleia (CIB). Uma baleia de bryde também foi encontrada morta no litoral de São Paulo neste ano. 

Cientistas criam combustível com subprodutos da fabricação de uísque



Cientistas escoceses estão desenvolvendo um novo tipo de biocombustível feito com subprodutos da fabricação do uísque.
Segundo a equipe da Edinburgh Napier University, em Edimburgo, o álcool butanol proveniente do novo processo seria 30% mais eficiente do que outros biocombustíveis, como o etanol, e poderia ser usado em automóveis.
A universidade está tentando patentear a nova invenção.
Os pesquisadores basearam seus experimentos nos dois principais subprodutos gerados durante a fabricação do uísque: o pot ale, líquido remanescente nos alambiques de cobre após a destilação, e os restos dos grãos utilizados como a cevada.
Segundo a equipe, a indústria do uísque maltado produz anualmente 1,6 milhões de litros de pot ale e 187 mil toneladas de restos de cevada.
Todo esse material poderia ser transformado em combustível que seria usado puro ou em combinação com petróleo ou diesel, dizem os cientistas.
Energia renovável
A equipe, liderada pelo professor Martin Tangney, acredita que o produto também possa ser usado na fabricação de outras substâncias químicas renováveis.
"A União Europeia declarou que biocombustíveis deverão responder por 10% do total de vendas de combustíveis em 2020. Estamos determinados a encontrar novas fontes de energia renovável", disse Tangney.
"Enquanto algumas companhias de energia plantam lavouras para gerar biocombustíveis, nós estamos investigando sobras de materiais, como os subprodutos do uísque, para desenvolvê-los".
O cientista acredita que essa seja uma opção mais sustentável, além de oferecer uma nova fonte de renda associada a uma das maiores indústrias da Escócia, a indústria do uísque.
A equipe está criando uma companhia para tentar levar o novo combustível para o mercado.

Biodiversidade aponta CULPADO

           
         
Um estudo de cinco anos conduzido por pesquisadores do Jardim Botânico Real, na Inglaterra, concluiu que mais de um quinto das espécies de plantas do mundo estão hoje sob ameaça de extinção.
Para a pesquisa foram usados os arquivos do Jardim Botânico e do Museu de História Natural de Londres, que juntos reúnem cerca de 13 milhões de espécies, e dados da organização União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Os resultados apontam a atividade humana – entre elas, agricultura e desmatamentos - como sendo a principal causa de ameaças a mais de 380 mil espécies do mundo, com impressionantes 81%, contra 19% de responsabilidade de causas ditas naturais. Florestas tropicais estão no topo das mais ameaçadas.

“Estas conclusões reforçam a necessidade de tomarmos ações urgentes para acabar com desmatamentos até 2020, não apenas por causa da biodiversidade da flora, mas também por conta das mudanças climáticas”, diz Christoph Thies, coordenador da Campanha de Florestas.

“No mundo, a cada dois segundos, uma área de florestas do tamanho de um campo de futebol desaparece. O desmatamento é a causa de um quinto das emissões de gases de efeito estufa globais, mais do que todos os carros, aviões e trens do mundo somados”, complementa Thies.

Bilhões correm risco de abastecimento de água, diz estudo

Cerca de 80% da população mundial vive em áreas onde o abastecimento de água potável não é assegurado. Os pesquisadores organizaram um índice com as “ameaças para a água” incluindo itens como escassez e poluição.
Cerca de 3,4 bilhões de pessoas enfrentam as piores ameaças, segundo o estudo. Os pesquisadores dizem que o hábito ocidental de conservar água para suas populações em reservatórios funciona para as pessoas, mas não para a natureza.
Eles recomendam que países em desenvolvimento não sigam o mesmo caminho, mas sim invistam em estratégias de gerenciamento hídrico que mescle infraestrutura com opções “naturais”, como bacias hidrográficas e pântanos.
Mapeamento – Os autores dizem que nas próximas décadas o panorama deve piorar, com o aumento populacional e as mudanças climáticas.
Eles combinaram dados de diferentes ameaças para a confecção do índice.
O resultado é um mapa que indica as ameaças ao fornecimento para a humanidade e para a biodiversidade.
“Olhamos para o fato de forma fria, analisando o que acontece em relação ao abastecimento de água para as pessoas e o impacto no meio-ambiente da infraestrutura criada para garantir este fornecimento”, disse o responsável pelo estudo Charles Vorosmarty, do City College de Nova York.
“O que mapeamos foi um padrão de ameaças em todo o planeta, apesar dos trilhões de dólares gastos em engenharias paliativas”, completou, referindo-se a represas, canais e aquedutos usados para assegurar o abastecimento de cidades.
No mapa das ameaças ao abastecimento, boa parte da Europa e América do Norte aparecem em condições ruins.
Mas quando o impacto da infraestrutura criada para distribuir e conservar a água é adicionado, as ameaças desaparecem destas regiões, com exceção da África, que parece estar rumando para a direção oposta.
“O problema é que sabemos que uma fatia enorme da população mundial não pode pagar por estes investimentos”, disse Peter McIntyre, da Universidade de Wisconsin, que também participou da pesquisa.
“Na verdade, estes investimentos beneficiam menos de um bilhão de pessoas, o que significa que excluímos a grande maioria da população mundial”, disse ele.
“Mas mesmo em países ricos, esta não é a opção mais inteligente. Poderíamos continuar a construir mais represas ou explorar mais fundo o subterrâneo, mas mesmo se tivermos dinheiro para isso, não é uma saída eficiente em termos de custo”, disse ele.
Críticas – De acordo com esta e outras pesquisas, a forma como a água é tratada no ocidente teve um impacto significativo na natureza.
Atualmente, um conceito defendido por organizações de desenvolvimento é o gerenciamento integrado da água, no qual as necessidades de todos os usuários são levadas em consideração e as particularidades naturais são integradas às soluções criadas pelo homem.

Geração de Energia é desafio para pais pobres ...

A geração da energia necessária à manutenção dos níveis mínimos de crescimento é um dos maiores desafios das nações mais pobres do mundo.
A Agência Internacional de Energia, órgão com sede em Paris (França), diz que um terço da população mundial ainda não tem acesso direto à eletricidade.
No Brasil, cerca de 10% da população - ou 17 milhões de pessoas - enfrentam esse problema. A grande maioria dessas pessoas - 80% - vive na região Nordeste.
Diante dessa dificuldade, o Brasil tem recorrido a fontes de energia renovável como uma opção para suprir as necessidades das comunidades mais pobres do país.
Desafio

Alcançar o desenvolvimento econômico e social aliado à preservação ambiental – o chamado desenvolvimento sustentável - é um dos grandes desafios deixados pela Rio 92 - encontro da ONU que discutiu o meio ambiente em 1992, no Rio de Janeiro.
Durante dez anos, líderes mundiais vêm buscando a fórmula para obter esse desenvolvimento sustentável, mas até agora, ela parece não ter sido encontrada.
No encontro no Rio de Janeiro, 108 chefes de Estado e representantes de outros 70 governos assumiram o compromisso de implementar uma série de medidas – conhecidas como Agenda 21 – para evitar a degradação da Terra e estimular o desenvolvimento sustentável.

Mas, de acordo com dados do WWF (Fundo Mundial para a Vida Selvagem) divulgados em julho de 2002, se a humanidade continuar a explorar os recursos naturais na velocidade atual, até 2050 seria preciso colonizar outros dois planetas Terra.
O uso de energia renovável no Brasil é uma tentativa de proporcionar uma melhor infra-estrutura para populações mais carentes sem provocar um dano adicional ao meio ambiente.

O governo brasileiro, por meio do Prodeem (Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios, ligado ao Ministério das Minas e Energia) pretende levar energia para essas populações de baixa renda.

"O caro não é a energia em si, caro é ampliar a rede energética, principalmente na região Norte, onde a logística é impossível", diz Fernando Luz, coordenador-geral do Prodeem.

"Na região, as fontes renováveis e as chamadas alternativas são a primeira opção, porque é impossível criar uma rede convencional para atender todas essas comunidades. As distâncias são fantásticas, os caminhos não existem, e a relação custo benefício é proibitiva."
"Ingenuidade"

A Rio 92 gerou a expectativa de obtenção de ótimos resultados a curto prazo, o que acabou não acontecendo.

"Acho que fomos um pouco ingênuos em 92", diz o advogado Fabio Feldmann, assessor especial da Presidência para a Rio + 10.

"Na época acreditamos que, firmando os conceitos, a implementação seria imediata."

"A Eco (Rio-92) foi realizada pouco depois da queda do Muro de Berlim, havia um certo clima de otimismo. Mas, na verdade, para transformar o mundo, as resistências e barreiras são muito maiores do que nós imaginávamos na época", diz Feldmann.

Os países ricos são apontados por alguns como os grandes inimigos do meio ambiente. Só os Estados Unidos, o país mais poderoso do mundo, consomem cerca de 25% da energia produzida em todo o planeta. O país também é acusado de ser o maior poluidor da atmosfera.

Energia Sustentável é o Futuro ....

A terceira edição do relatório Revolução Energética: Um Mundo de Energia Sustentável, estudo lançado pelo Greenpeace em parceria com o Conselho de Energia Renovável Europeu (EREC), aponta:
É possível cortar as emissões de CO2 e ao mesmo tempo produzir energia eficiente, segura e limpa, com geração de 8,5 milhões de empregos até 2030. Para tanto, é preciso tomar algumas resoluções: investir em energia solar e eólica e mudar alguns paradigmas de produção e consumo (como o emprego de equipamentos mais modernos e implantar redes de transporte mais eficientes). O estudo traz a previsão de dois diferentes cenários energéticos, baseados no tipo de investimento e política pública para o setor. Um primeiro, mais moderado, antevê que o uso seis vezes maior de renováveis significará redução de 50% das emissões de carbono até 2050. O segundo cenário, mais avançado, prevê cortes de emissão de até 80%.
A quantidade de energia poupada graças a investimentos bem feitos, além de compensar a demanda maior vinda de países em desenvolvimento, pode significar a possibilidade de acesso à energia para dois bilhões de pessoas que ainda vivem em áreas remotas.
"O potencial de geração de energias renováveis como eólica e solar já vêm se traduzindo em números concretos de implantação no mundo, com benefícios não apenas ao meio ambiente, como também à geração de empregos e ao desenvolvimento de economias", aponta Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace no Brasil.
Segundo o estudo, até 2030 serão criados 12 milhões de empregos, 8,5 milhões deles apenas no setor de renováveis. O valor é 33% maior do que se continuássemos a investir somente em combustíveis fósseis. “No Brasil, o enorme potencial de Sol, vento e biomassa pode proporcionar a criação de 200 mil novos empregos até 2020”, complementa Baitelo.

Hidrogênio



A partir da visão de uma economia do hidrogênio, na qual a eficiência e a viabilidade econômica de sua aplicação são quesitos fundamentais para a inserção no mercado desse novo energético, o desenvolvimento de células a combustível de alto desempenho a custos acessíveis é fator crítico de sucesso.
Estão em andamento vários projetos de pesquisa com o objetivo de conhecer as diversas tecnologias existentes de células a combustível e suas aplicações, um dos quais visa à operação de uma célula a combustível com tecnologia do tipo ácido fosfórico, alimentada a gás natural, que opera desde junho de 2002, alimentando o CPD do Centro de Pesquisas da Petrobras. Outros projetos, em conjunto com universidades, objetivam o desenvolvimento de membranas para células do tipo PEM (membranas permeáveis), bem como de sistemas de células do tipo SOFC (óxido sólido).
Ônibus a hidrogênio - Uma das vantagens do ônibus a hidrogênio é que ele não produz compostos tóxicos ao se locomover. O único subproduto gerado pelo combustível que ele usa é a água.
A corrida em busca desse combustível dos sonhos já começou: no mundo inteiro, as maiores companhias de energia investem pesado em estudos para tornar viável o uso dessa tecnologia e a Petrobras não poderia ficar para trás.
Está em desenvolvimento o ônibus movido a hidrogênio. O projeto envolve cientistas do Centro de Pesquisas (Cenpes), do Centro de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), além de equipes de empresas nacionais, como Eletra e Caio. Parte dos recursos foram garantidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O protótipo é inspirado no conceito dos trólebus - ônibus elétricos nos quais a energia é gerada no próprio veículo. A eletricidade, no caso, será fornecida por uma célula a combustível de hidrogênio. O princípio é simples: em contato com um catalisador, os átomos de hidrogênio são separados de seus elétrons. O movimento dessas partículas gera uma corrente elétrica transmitida para o motor elétrico, que traciona os eixos das rodas. No fim do processo, o hidrogênio combina-se com o oxigênio e forma as moléculas de água que serão expelidas pelo escapamento.
Uma grande vantagem do hidrogênio é que ele pode ser produzido na própria estação de abastecimento, evitando altos custos com o transporte do combustível. 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Biodiesel






Mamona 

A mamona é uma planta existente nas regiões secas do Brasil. Está sendo utilizada como combustível renovável, ecologicamente correto, ajudando o sertanejo a ter uma fonte de renda e ter sobrevivência em épocas de estiagem.
O biodiesel extraído da mamona pode ser usado em qualquer motor, como os de tratores ou os de caminhões, sem nenhuma adaptação.
O biodiesel pode ser produzido a partir de todo óleo vegetal e até animal, como óleo de peixe. No caso do combustível feito a partir de óleo de mamona, que tem uma viscosidade maior, ele precisa ser misturado na proporção de 20% de biodiesel para 80% de diesel comum para ser usado. Na sua combustão, não há emissão das substâncias mais poluentes (que contêm enxofre), encontradas nos combustíveis fósseis. O biodiesel pode inclusive ser usado em geradores de energia, neste momento de escassez, ajudando a reduzir a importação de petróleo.
Depois de extraído o óleo, a sobra (chamada de torta ou farelo) ainda pode ser usada como ração animal. No caso da mamona, é preciso desintoxicar o farelo antes de transformá-lo em ração. É possível também transformar a madeira do caule em adubo. A mamona produz de 15 a 20 toneladas de madeira por hectare.
A intenção é produzir de 2000 a 3000 litros por dia de combustível dentro de 90 dias, mas ainda são necessários R$ 500 mil para concluir a instalação. O coordenador do projeto é o professor aposentado da Universidade Federal do Ceará - Expedito Parente.



Vantagens do biodiesel:
 A queima do biodiesel gera baixos índices de poluição, não colaborando para o aquecimento global.
 Gera emprego e renda no campo, diminuindo o êxodo rural.
 Trata-se de uma fonte de energia renovável, dependendo da plantação de grãos oleoginosos no campo.
 Deixa as economias dos países menos dependentes dos produtores de petróleo.
 Produzido em larga escala e com uso de tecnologias, o custo de produção pode ser mais baixo do que os derivados de petróleo.

Desvantagens do biodiesel:
 Se o consumo mundial for em larga escala, serão necessárias plantações em grandes áreas agrícolas. Em países que não fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a plantação de grãos. Ou seja, diminuição das reservas florestais do nosso planeta.
 Com o uso de grãos para a produção do biodiesel, poderemos ter o aumento no preço dos produtos derivados deste tipo de matéria-prima ou que utilizam eles em alguma fase de produção. Exemplos: leite de soja, óleos, carne, rações para animais, ovos entre outros. 

Energia Hidrelétrica


A energia hidráulica é uma valiosa fonte de energia. A água usada como fonte de energia, não tem sua utilidade esgotada. O constante fluxo de água na Terra pode ser aproveitado na geração de energia mecânica e elétrica.

Como funciona a hidrelétrica: 

A construção de uma usina hidroelétrica envolve muitos aspectos principalmente os da natureza, ela deve ser construída no encontro de vários rios e o relevo influencia bastante, há necessidade de desníveis para a água adquirir mais velocidade. É construída então uma barragem para que a água seja represada, esta deve ter uma grande altura para a água adquirir mais velocidade durante a queda, girando as turbinas que por sua vez produzirá eletricidade.
A produção de energia elétrica ocorre da seguinte forma:
A água que sai do reservatório é conduzida com muita pressão através de enormes tubos até a casa de força, onde estão instaladas as turbinas e os geradores que produzem eletricidade. A turbina é formada por uma série de pás ligadas a um eixo, que é ligado ao gerador.
A pressão da água sobre essas pás produz um movimento giratório do eixo da turbina.
O gerador é um equipamento composto por um imã e um fio bobinado.
O movimento do eixo da turbina produz um campo eletromagnético dentro do gerador, produzindo a eletricidade.
  A eletricidade será transportada até nossas casas, mas primeiro ela passa por um transformador que aumenta sua voltagem, facilitando sua movimentação. Quando ela chega nas cidades um outro transformador reduz a energia de volta ao nível adequado para os aparelhos que usamos.

Vantagens:
A energia é produzida a partir de uma fonte contínua, neste caso, o movimento da água;
Não polui o meio ambiente;
É de baixo custo de produção

Desvantagens:
A construção de centrais hidroelétricas geralmente exige a formação de grandes reservatórios de água, o que provoca profundas alterações nos ecossistemas;
Dependendo do tipo de relevo e da região onde se encontra o empreendimento, as hidroelétricas podem também ocasionar o alargamento de terras e o descolamento de populações ribeirinhas.

Energia Geotérmica

Energia geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida a partir do calor proveniente da Terra, mais precisamente do seu interior.
Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial geotérmico.

Vantagens e desvantagens

Aproximadamente todos os fluxos de água geotérmicos contém gases dissolvidos, sendo que estes gases são enviados a usina de geração de energia junto com o vapor de água. De um jeito ou de outro estes gases acabam indo para a atmosfera. A descarga de vapor de água e CO2 não são de séria significância na escala apropriada das usinas geotérmicas.
Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e as propriedades nocivas do ácido sulfídrico (H2S) são causas que preocupam. Nos casos onde a concentração de ácido sulfídrico (H2S) é relativamente baixa, o cheiro do gás causa náuseas. Em concentrações mais altas pode causar sérios problemas de saúde e até a morte por asfixia.
É igualmente importante que haja tratamento adequado a água vinda do interior da Terra, que invariavelmente contém minérios prejudiciais a saúde. Não deve ocorrer simplesmente seu despejo em rios locais, para que isso não prejudique a fauna local.
Quando uma grande quantidade de fluido aquoso é retirada da Terra, sempre há a chance de ocorrer subsidência na superfície.
Há ainda o inconveniente da poluição sonora que afligiria toda a população vizinha ao local de instalação da usina, pois, para a perfuração do poço, é necessário o uso de maquinário semelhante ao usado na perfuração de poços de petróleo.

BIOGÁS


O biogás é um combustível gasoso com um conteúdo energético elevado semelhante ao gás natural, composto, principalmente, por hidorcarbonetos de cadeia curta e linear. Pode ser utilizado para geração de energia elétrica, térmica ou mecânica em uma propriedade rural, contribuindo para a redução dos custos de produção. No Brasil, os biodigestores rurais vêm sendo utilizados, principalmente, para saneamento rural, tendo como subprodutos o biogás e o biofertilizante.

O desenvolvimento de tecnologias para o tratamento e utilização dos resíduos é o grande desafio para as regiões com alta concentração de produção pecuária, em especial suínos e aves. De um lado a pressão pelo aumento do numero de animais em pequenas áreas de produção, e pelo aumento da produtividade e, do outro, que esse aumento não provoque a destruição do meio ambiente. A restrição de espaço e a necessidade de atender cada vez mais as demandas de energia, água de boa qualidade e alimentos, têm colocado alguns paradigmas a serem vencidos, os quais se relacionam principalmente à questão ambiental e a disponibilidade de energia.

O processo de digestão anaeróbia (biometanização) consiste de um complexo de cultura mista de microorganismos, capazes de metabolizar materiais orgânicos complexos, tais como carboidratos, lipídios e proteínas para produzir metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) e material celular (Lucas Junior, 1994; Santos, 2001). A digestão anaeróbia, em biodigestores, é o processo mais viável para conversão dos resíduos de suínos e aves, em energia térmica ou elétrica.

A presença de vapor d’água, CO2 e gases corrosivos no biogás in natura, constitui-se o principal problema na viabilização de seu armazenamento e na produção de energia. Equipamentos mais sofisticados, a exemplo de motores a combustão, geradores, bombas e compressores têm vida útil extremamente reduzida. Também controladores como termostatos, pressostatos e medidores de vazão são atacados reduzindo sua vida útil e não oferecendo segurança e confiabilidade. A remoção de água, CO2, gás sulfidrico, enxofre e outros elementos através de filtros e dispositivos de resfriamento, condensação e lavagem são imprescindíveis para a confiabilidade e emprego do biogás.

Biomassa


A utilização de biomassa para produção de energia, tanto elétrica como em forma de vapor, em caldeiras ou fornos já é uma realidade no Brasil. O uso da madeira para a geração de energia apresenta algumas vantagens e desvantagens, quando relacionadas com combustíveis à base de petróleo.

Vantagens:
·         Baixo custo de aquisição;
·         Não emite dióxido de enxofre;
·         As cinzas são menos agressivas ao meio ambiente que as provenientes de combustíveis fósseis;
·         Menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos);
·         Menor risco ambiental;
·         Recurso renovável;
·         Emissões não contribuem para o efeito estufa.

Desvantagens:
·         Menor poder calorífico;
·         Maior possibilidade de geração de material particulado para a atmosfera. Isto significa maior custo de investimento para a caldeira e os equipamentos para remoção de material particulado;
·         Dificuldades no estoque e armazenamento.

Além das citadas acima, existem algumas vantagens indiretas, como é o caso de madeireiras que utilizam os resíduos do processo de fabricação (serragem, cavacos e pedaços de madeira) para a própria produção de energia, reduzindo, desta maneira, o volume de resíduo do processo industrial.
Algumas das desvantagens podem ser compensadas através de monitoramento de parâmetros do processo. 

Energia do Mar




As ondas do mar possuem energia cinética devido ao movimento da água e energia potencial devido à sua altura. Energia elétrica pode ser obtida se for utilizado o movimento oscilatório das ondas. O aproveitamento é feito nos dois sentidos: na maré alta a água enche o reservatório, passando através da turbina, e produzindo energia elétrica, na maré baixa a água esvazia o reservatório, passando novamente através da turbina, agora em sentido contrário ao do enchimento, e produzindo energia elétrica.

A desvantagem de se utilizar este processo na obtenção de energia é que o fornecimento não é contínuo e apresenta baixo rendimento. As centrais são equipadas com conjuntos de turbinas bolbo, totalmente imersas na água. A água é turbinada durante os dois sentidos da maré, sendo de grande vantagem a posição variável das pás para este efeito. No entanto existem problemas na utilização de centrais de energia das ondas, que requerem cuidados especiais: as instalações não podem interferir com a navegação e têm que ser robustas para poder resistir às tempestades, mas ser suficientemente sensíveis para ser possível obter energia de ondas de amplitudes variáveis. Esta energia é proveniente das ondas do mar. O aproveitamento energético das marés é obtido através de um reservatório formado junto ao mar, através da construção de uma barragem, contendo uma turbina e um gerador.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vídeo - Criança Ecológica(Desmatamento)

Vídeo - Criança Ecológica(Mata Ciliar)

Vídeo - Criança Ecológica ( Água )

Vídeo - Criança Ecológica (Biodiversidade)

Vídeo - Criança Ecológica (Reciclagem)

Vídeo - Criança Ecológica

Biocombustíveis (1)

Biodiesel

Biodiesel é um combustível diesel de queima limpa derivado de fontes naturais e renováveis como os vegetais. É obtido principalmente de girassol, amendoim, mamona, sementes de algodão e de colza. É uma alternativa renovável, que resolve dois problemas ambientais ao mesmo tempo: aproveita um resíduo, aliviando os aterros sanitários, e reduz a poluição atmosférica. É uma alternativa para os combustíveis tradicionais, como o gasóleo, que não são renováveis.

O biodiesel reduz 78% das emissões poluentes como o dióxido de carbono que é o gás responsável pelo efeito de estufa que está alterando o clima à escala mundial, e 98% de enxofre na atmosfera.
Trata-se de uma fonte renovável que, além de trazer benefícios ambientais, também possibilita a geração de empregos, tanto na fase de coleta como de processamento. Promove o desenvolvimento da agricultura nas zonas rurais mais desfavorecidas, criando emprego e evitando a desertificação, isto porque reduz a dependência energética do nosso país e a saída de divisas pela poupança feita na importação do petróleo bruto.

Os óleos vegetais podem reagir quimicamente com um álcool, para produzir ésteres. Esses ésteres quando usados como combustíveis levam o nome de biodiesel. Atualmente, o biodiesel é produzido por um processo chamado transesterificação. O óleo vegetal é filtrado, e então processado com materiais alcalinos para remover gorduras ácidas. É então misturado com álcool e um catalizador. As reações formam então ésteres e glicerol, que é separado.
O biodiesel pode utilizar-se em motores diesel, em mistura com o gasóleo (geralmente, na proporção de 5 a 30%) ou puro. Também pode ser utilizado como geração de energia elétrica. Exige, por vezes, pequenas transformações do motor de acordo com a percentagem de mistura e o fabricante/modelo do motor.

Apesar de ser um combustível renovável, a sua capacidade de produção é limitada, pois depende das áreas agrícolas disponíveis (que terão, também, de ser usadas para fins alimentares) e portanto só poderá substituir, parcialmente, o gasóleo. O preço do biodiesel é ainda elevado, mas as novas tecnologias permitirão reduzir os custos da sua produção.

Os motores a óleo vegetal possibilitam uma redução de 11% a 53% na emissão de monóxido de carbono, e os gases da combustão do óleo vegetal não emitem dióxido de enxofre, um dos causadores da chamada chuva ácida. O Brasil também tem a preocupação em reduzir poluentes. Desde 1997 fazemos óleo diesel com menos partículas de enxofre.


Vantagens do biodiesel: 

  • o biodiesel é mais seguro do que o diesel de petróleo; 
  • o ponto de combustão do biodiesel na sua forma pura é de mais de 300 F contra 125 F do diesel comum; 
  • equipamentos a biodiesel são, portanto, mais seguros; 
  • a exaustão do biodiesel é menos ofensiva; 
  • o uso do biodiesel resulta numa notável redução dos odores, o que é um benefício real em espaços confinados; 
  • tem odor semelhante ao cheiro de batatas fritas; 
  • não foram noticiados casos de irritação nos olhos; 
  • como o biodiesel é oxigenado, ele apresenta uma combustão mais completa; 
  • biodiesel não requer armazenamento especial; 
  • o biodiesel na sua forma natural pode ser armazenado em qualquer lugar onde o petroléo é armazenado, e pelo fato de ter maior ponto de fusão é ainda mais seguro o transporte deste; 
  • biodiesel funciona em motores convencionais; 
  • o biodiesel requer mínimas modificações para operar em motores já existentes; 
  • é renovável, contribuindo para a redução do dióxido de carbono; 
  • o biodiesel pode ser usado sozinho ou misturado em qualquer quantidade com diesel de petróleo; 
  • aumenta a vida útil dos motores por ser mais lubrificante; 
  • o biodiesel é biodegradável e não tóxico. 

Desvantagens do Biodisel :

  • Se o consumo mundial for em larga escala, serão necessárias plantações em grandes áreas agrícolas. Em países que não fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a plantação de grãos. Ou seja, diminuição das reservas florestais do nosso planeta. 
  • Com o uso de grãos para a produção do biodiesel, poderemos ter o aumento no preço dos produtos derivados deste tipo de matéria-prima ou que utilizam eles em alguma fase de produção. Exemplos: leite de soja, óleos, carne, rações para animais, ovos entre outros.