quarta-feira, 30 de março de 2011

Investimentos em energia limpa têm resultado recorde; Brasil é 6º


Os investimentos mundiais em energia limpa alcançaram o valor recorde de US$ 243 bilhões em 2010, com alta de 30% ante 2009, segundo pesquisa divulgada  pelo The Pew Charitable Trusts.
O Brasil ficou em sexto lugar no ranking, com US$ 7,6 bilhões em investimentos ante US$ 7,7 bilhões em 2009. Nas primeiras posições ficaram a China (US$ 54,4 bilhões), a Alemanha (US$ 41,2 bilhões) e os Estados Unidos (US$ 34 bilhões).
“O setor de energia limpa está emergindo como um dos mais dinâmicos e competitivos do mundo, testemunhando 630% de crescimento em financiamentos e investimentos desde 2004″, disse Phyllis Cuttino, diretor do programa de energia limpa do Pew.
A energia eólica continuou a ser a tecnologia favorita para os investidores, com US$ 95 bilhões. Entretanto, o setor solar experimentou crescimento significativo em 2010, com investimentos aumentando 53%, chegando ao recorde de US$ 79 bilhões e mais de 17 gigawatts de novas capacidades de produção global.
A Alemanha respondeu por 45% dos investimentos mundiais em energia solar.
Os investimentos nos países do G20 (grupo formado pelas economias ricas e as principais emergentes) contabilizaram mais de 90% do total mundial. (Fonte: Folha.com)

Após acidente no Japão, EUA notam traços de radioatividade na chuva.


Traços de radioatividade provenientes da usina nuclear de Fukushima, danificada após o terremoto seguido de tsunami de 11 de março no Japão, foram detectados na água da chuva no nordeste dos Estados Unidos, informou a Agência Americana do Meio Ambiente, que assegurou que tais traços não representam perigo para a saúde humana. Os traços de radioatividade, procedentes dos reatores japoneses danificados após o terremoto seguido de tsunami que assolou a ilha, foram detectados nos estados da Pensilvânia e de Massachusetts, indicou a Agência Americana do Meio Ambiente (EPA, sigla em inglês).
A agência assegurou ter reforçado seu sistema de controle de água da chuva e de água potável em todo o país.“Após o acidente da central de Fukushima, vários detectores de ar da EPA registraram materiais com níveis muito baixos de radioatividade nos Estados Unidos, que correspondem aos dados dos reatores danificados” no Japão, explicou a agência em um comunicado. “Essas observações não são uma surpresa, e os níveis registrados estão muito abaixo do que poderia ser perigoso à saúde”, indicou a mesma fonte. Os níveis de radioatividade detectados na água da chuva na Pensilvânia e em Massachusetts “estão sendo estudados pela EPA”, explicou a agência governamental, indicando que “esses níveis são superiores à média histórica dessas regiões”.
A agência assegurou que continuará a analisar as águas da chuva e potável do país mesmo que “esses aumentos (de radioatividade) a curto prazo não representem perigo algum para a saúde”. (Fonte: G1)

Número de participantes da Hora do Planeta bate recorde no Brasil


Milhares de pessoas em 123 cidades brasileiras participaram da Hora do Planeta, no sábado, 26 de março. A presença de 20 capitais em conjunto com mais de 1.900 empresas e organizações resultou em um recorde de público desde que o evento foi iniciado no Brasil, há três anos.

A mobilização para deixar o país às escuras teve início às 20h30, horário de Brasília. Capitais como Campo Grande, Vitória, Salvador e São Paulo apagaram as luzes de diversos ícones das cidades em um gesto que chamou atenção para os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
No Rio de Janeiro, cidade sede do evento brasileiro de 2011, cerca de 3,5 mil pessoas sambaram nos Arcos da Lapa, ao som das baterias das escolas de samba Mangueira, Portela, União da Ilha e Grande Rio.                                          A abertura da Hora do Planeta foi realizada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pelo prefeito Eduardo Paes e pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Mic, que, juntos, desligaram as luzes de ícones como o Cristo Redentor, a orla de Copacabana, o Arpoador, o Pão de Açúcar e os Arcos da Lapa.                                                
Com a cidade no escuro, foi a vez de os cidadãos realizarem um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes no Brasil no início do ano, que afetaram severamente o estado do Rio de Janeiro, e aos recentes terremotos e tsunami no Japão.
Em Brasília, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, se reuniram no Museu da República para desligar um grande interruptor que simbolizou o apagar de luzes da cidade. Locais como a Esplanada dos Ministérios, o Palácio do Buriti e o Memorial JK também ficaram apagados.
A participação de três cidades do Acre (Xapuri, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira) também chamou atenção dos realizadores do evento, mas foi a capital Rio Branco que concentrou grande parte das atividades. Um delas foi a “bicicleata” que partiu da sede do Governo Estadual e chegou na Ponte JK – ambos os pontos estavam apagados. A mobilização também lembrou o nome do ambientalista Chico Mendes e contou com a presença da filha dele, Elenira Mendes.
A terra de Padre Cícero, Juazeiro do Norte, no Ceará, também participou da celebração pelo planeta e apagou suas luzes por uma hora. Durante o período de escuridão a população aproveitou para observar estrelas, nebulosas, Saturno e seus anéis, em três telescópios oferecidos pela estação astronômica PieGise.
Hora do Planeta no mundo – Em todos os sete continentes cerca de 134 países e territórios participaram da Hora do Planeta, mas o número não é preciso. De acordo com o cofundador e diretor executivo do evento, Andy Ridley, “a lista de participantes oficiais sempre fica aquém do nível real de participação”.
“Depois do evento, a gente sempre descobre que ele foi realizado em países que nunca nos contataram, em lugares que nunca ouvimos falar”, completou.
A edição de 2011 da Hora do Planeta teve início nas ilhas Fiji e na Nova Zelândia, e terminou 24 horas mais tarde nas Ilhas Cook. A estimativa é que o número de participantes tenha ultrapassado o marco de cem milhões de pessoas. 

(Fonte: Portal Terra)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Soluções Ambientais - Uso sustentável dos recursos naturais

Do ponto de vista das atribuições do Estado, o direito a uma vida saudável e produtiva significa a responsabilidade do poder público pela implementação de políticas sociais. 
Para o pesquisador Oswaldo Sunkel, os serviços públicos essenciais deveriam compensar o grau de deterioração ambiental a que os mais pobres são submetidos. Especialmente nos países com maiores dificuldades, as políticas de desenvolvimento sustentável poderiam ser partilhadas pelo Estado e pela iniciativa privada. 
Um exemplo disso seria o emprego massivo de força de trabalho em obras de pequeno porte, como construção de equipamentos e infra-estrutura comunitárias, terraços contra erosão, vias, praças, limpeza e proteção de rios e córregos. Essas medidas gerariam simultaneamente novos postos de trabalho e a melhoria na qualidade de vida da população. 
Essas soluções viriam acompanhadas de políticas de longo prazo, como aumento dos investimentos em educação, ciência e tecnologia. Segundo Sunkel, deve-se ter um conhecimento mais amplo dos ecossistemas para aproveitar ao máximo suas potencialidades e evitar, ao mesmo tempo, sua deterioração e esgotamento. 

Exemplo disso ocorreu na China, em 1949, quando colocou-se o desafio de alimentar a enorme população, que atualmente está na casa de 1,1 bilhão de habitantes.Implemento-se COMUNAS AUTO-SUFICIENTESA única dificuldade encontrada foi a rigidez do sistema político. 
Nas comunas de até 90 mil habitantes, situadas nas planícies orientais do país, foram criados sistemas integrados de culturas agrícolas, pecuária, piscicultura e formas renováveis de energia. Cada equipe de produção era composta por 90 famílias que produzia toda a energia, alimentos e fertilizantes necessários, colocando o excedente nas cidades vizinhas. Nada era desperdiçado:folhas de bananeira e fibras de cana-de-açúcar servem de alimento a peixes e combustível para estufas de gás biológico.As estufas e os biodigestores que funcionam com excrementos humanos e do gado e com vegetais(como os jacintos aquáticos), gerando assim o gás metano através da decomposição da matéria orgânica.Produz-se com ele ENERGIA ELÉTRICA e nas atividades da cozinha chinesa. 
Assim evitava-se o uso de lenha das matas nativas ou plantadas. Desde 1968, uma rede de 90 mil miniusinas hidroelétricas complementam a demanda energética ideal para abastecer indústrias rurais, escolas e hospitais. 
Os peixes são criados em tanques e utilizam plantas aquáticas, folhas de cana, ervas e algas na parte superficial da água para se alimentarem. Esse pequeno ecossistema funciona em águas residuais e o limo resultante é usado como fertilizante.Esse sistema rende em média 4,5 toneladas de peixes por ano por hectare e os índices de proteínas são cinco vezes superiores 
ao da pesca convencional. 


Na cultura agrícola, a suficiência da mão-de-obra permite o cultivo de fileiras alternadas, com benefícios simbióticos para as plantas e o solo. As leguminosas, por exemplo, suprem o nitrogênio exigido pela cultura do trigo.Com o sistema de irrigação construído, o país é responsável por um terço da produção mundial de arroz, o que equivale a produção conjunta da ÍNDIA, Indonésia,Bangladesh, Japão e Tailândia.Os chineses produzem dois milhões de toneladas de peixes de água doce ao ano, em 6 milhões de toneladas anuais no mundo
Deve-se então considerar o país como exemplo de auto-sustentabilidade, mesmo com as variações políticas ocorridas, com abertura econômica.O país se utiliza do intensivo uso de mão-de-obra e dispensa o uso de maquinaria cara e inacessível.Ao optar por fontes alternativas de energia, elimina a dependência dos combustíveis fósseis. 
Esse povo também é exemplo quando se fala de SELEÇÃO DE VARIEDADES DE SEMENTES PARA O CULTIVO ,O CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS e o TERRACEAMENTO para a conservação do solo. 


GIANSANTI,Roberto.O desafio do desenvolvimento sustentável.6.ed.Ed. Atual2010

Japão - Confirmado contaminação radioativa nos vegetais, água da chuva e...

Força do Tsunami no Japão muda o eixo da Terra

Gás radioativo vaza em Fukushima

sexta-feira, 4 de março de 2011

Saco plástico causa menos danos que ecobags, diz relatório

Uma pesquisa inédita do governo britânico indica que sacolas de plástico, odiadas por ambientalistas e rejeitadas por consumidores, podem não ser vilãs ecológicas.
Um relatório da Agência do Meio Ambiente britânica, descobriu que PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nas sacolas causa menos impacto ambiental do que as matérias-primas das ecobags.
Os sacos de polietileno são, a cada utilização, quase 200 vezes menos prejudiciais ao clima do que as sacolas de algodão. Além disso, emitem um terço do CO2 em comparação às sacolas de papel oferecidas pelos varejistas.
Os resultados do relatório indicam que, para equilibrar o pequeno impacto de cada saquinho, os consumidores teriam que usar a mesma sacola de algodão em todos os dias úteis do ano, ou sacolas de papel.
A maioria dos sacos de papel são utilizados apenas uma vez e o estudo levantou que sacos de algodão são usados apenas 51 vezes antes de serem descartados, tornando-se – de acordo com o novo relatório – piores que as sacolas plásticas usadas apenas uma vez.
Apesar de ter sido encomendada em 2005 e programada para publicação em 2007, a pesquisa ainda não tinha sido divulgada ao público.
Oficialmente, a Agência do Meio Ambiente disse que o relatório – “Life Cycle Assessment of Supermarket Carrier Bags”, de Chris Edwards e Meyhoff Jonna Fry – ainda está sendo revisado. No entanto, foi submetido ao processo de revisão há mais de um ano.
A agência não tem a data da publicação, mas declarou que será em breve.
O relatório queria descobrir qual dos sete tipos de sacos têm o menor impacto ambiental na poluição causada pela extração das matérias-primas, produção, transporte e eliminação.
Segundo os pesquisadores, ‘” PEAD teve o menor impacto ambiental entre as opções de uso individual em nove das dez categorias. A sacola de algodão teve um bom desempenho porque foi considerada a mais leve”.
Seis bilhões de sacolas plásticas são utilizadas em todo o Reino Unido por ano e não há dúvida de que causam problemas ambientais, como lixo e poluição marinha, utilizando petróleo. Limitar o uso e reutilizá-las reduz os danos.
Que saco devo usar? – Todos os sacos causam impacto. A melhor solução seria utilizar um saco de algodão centenas de vezes, provavelmente por anos. Para usar poucas vezes, a melhor opção é o plástico, segundo o estudo. (Fonte: Folha.com)

terça-feira, 1 de março de 2011

Empresa diz produzir diesel com sol, água e gás carbônico



Uma empresa da área de biotecnologia de Massachussetts (EUA), afirmou que é possível produzir combustível usando os mesmos ingredientes que fazem uma planta crescer.


A Joule Unlimited inventou um organismo geneticamente modificado que, segundo a companhia, simplesmente secreta óleo diesel ou etanol sempre que está exposta à luz do sol, com água e dióxido de carbono disponíveis. A empresa afirma que pode manipular o organismo para produzir combustíveis renováveis a taxas sem precedentes, e pode fazê-lo em grande escala e baixo custo, se comparado ao dos combustíveis fósseis mais baratos.
O organismo em questão trata-se de uma cianobactéria – que, apesar de não pertencerem ao reino vegetal, e sim ao monera (bactérias), também são chamadas de algas.



Geneticamente modificada, ela é capaz de produzir e secretar etanol ou hidrocarbonetos – substâncias que compõem diversos combustíveis, como o diesel– como subproduto da fotossíntese. A companhia também tem a intenção de construir biorreatores com as cianobactérias, de forma que elas também consumam o dióxido de carbono emitido pelas indústrias. Esse método tem sido bastante estudado por cientistas para a redução de emissões de CO2, inclusive no Brasil.

“O que afirmamos é ousado, e é algo em que acreditamos, validamos e apresentamos a investidores”, afirma o executivo-chefe da companhia, Bill Sims. “Se estivermos parcialmente corretos, isso ainda revolucionará a indústria mundial de óleo e gás”, completa.

O feito ainda não está realmente completo, e há bastante ceticismo em relação à capacidade da Joule de cumprir a promessa. Segundo outros pesquisadores, as cianobactérias secretam uma baixa quantidade de combustível em um volume enorme de água, e a coleta do material pode apresentar complicações. (Fonte: Folha.com)