quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Poluição do ar mata pelo menos 2 milhões de pessoas por ano no mundo.

Pelo menos 2 milhões de pessoas morrem no mundo devido à má qualidade do ar causada por poluição. A conclusão é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou dados de 1.100 cidades, de 91 países, com mais de 100 mil habitantes. Segundo especialistas, a contaminação do ar pode levar a problemas cardíacos e respiratórios.
“A poluição atmosférica é um grave problema de saúde ambiental. É vital que aumentemos os esforços para reduzir o impacto na saúde que [a poluição atmosférica] cria”, disse a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira.
De acordo com ela, é necessário que as autoridades de cada país façam monitoramentos constantes para medir a poluição do ar. “[Assim] podemos reduzir significativamente o número de pessoas que sofrem de doenças respiratórias e cardíacas e até de câncer de pulmão.”
Segundo Neira, é fundamental lembrar que a poluição do ar é provocada por vários fatores, como os gases de escapamentos dos veículos, a fumaça de fábricas e fuligem das usinas de carvão. “Em muitos países não há qualquer regulamentação sobre a qualidade do ar. Quando há normas nacionais, elas variam muito na sua aplicação.”
A OMS informou ainda que em 2008 cerca de 1,34 milhão de pessoas morreram prematuramente por causa dos efeitos da poluição sobre a saúde. Segundo especialistas, políticas de prevenção podem evitar as mortes prematuras. (Fonte: Renata Giraldi/ Agência Brasil)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Rio + 20

A execução de políticas públicas que sejam capazes de proteger o meio ambiente e ao mesmo tempo estimular atividades de inclusão da população pobre na formação do Produto Interno Bruto (PIB) será uma das principais propostas a serem encaminhadas pelo Brasil, em novembro, à Organização das Nações Unidas (ONU) para as discussões da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A proposta foi defendida nesta terça-feira (9) por representantes do governo  federal, na Conferência Ethos, Empresas e Responsabilidade Social 2011, realizado pelo Instituto Ethos, na sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
Durante o encontro, a ministra Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o Brasil tem mais condições do que qualquer outro lugar do planeta de mostrar ao mundo capacidade para manter a trajetória de crescimento econômico sem comprometer a biodiversidade. Ela cobrou ousadia do país nos debates da conferência, destacando que “o Brasil tem como liderar em projetos de crescimento sustentado e no desafio da erradicação da miséria”. Para a ministra, é necessário, no entanto, criar uma lei que “dê segurança jurídica para uma visão de políticas públicas e para o investimento por parte do setor privado e para o financiamento de todos aqueles que querem plantar, reflorestar e manejar”. Ela acredita que o país pode se desenvolver sem desmatamento ilegal. “Nossa proposta é trabalhar junto com o setor privado”.
Também presente ao encontro, a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, observou que apesar de o governo ter tido êxito na política de redução da pobreza, com a retirada de 28 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza, ainda existem 16,2 milhões de pessoas vivendo na miséria, com renda per capita abaixo de R$ 70. Ela enfatizou que esse universo de pessoas não foi favorecido com as chances oferecidas no “apagão da mão de obra” por falta de qualificação. E que por isto mesmo, o governo tem trabalhado para reverter este quadro concentrado em três eixos: transferência de renda; inclusão produtiva e ampliação do acesso aos serviços públicos. ”Nós temos que ir atrás dessa população”, disse. Segundo a ministra, o governo está trabalhando em medidas para que a agricultura familiar ganhe espaço no suprimento de produtos para o mercado doméstico como um meio de geração de renda. No meio rural, 25% da população estão em situação de extrema pobreza. (Fonte: Marli Moreira/ Agência Brasil)

Faxina Espacial

Um grupo de cientistas propôs o que, segundo alguns, talvez seja uma solução viável para o acúmulo crescente de lixo em órbita em torno da Terra. A ideia envolve o lançamento de um satélite que se acoplaria aos objetos – fragmentos de foguetes usados e outros detritos – e os equiparia com um motor propulsor. O motor levaria o objeto em direção à atmosfera da Terra, onde ele se desintegraria. Os autores dizem que o esquema, descrito em artigo publicado na revista científica Acta Astronautica, poderia remover, de forma relativamente barata, entre cinco e dez objetos do espaço por ano.
O problema é sério e pode se agravar. Mais de 17 mil objetos com tamanho acima de dez cm orbitam a Terra hoje.Os maiores entre eles podem, ao se chocar com outros objetos, se desintegrar, gerando milhares de objetos menores.
“Na nossa opinião, o problema é um grande desafio e é urgente (que encontremos uma solução)”, disse Marco Castronuovo, pesquisador da Agência Espacial Italiana, um dos autores da proposta.
“O momento de agir é agora. Com a passagem do tempo, teremos de remover mais e mais fragmentos”, disse Castronuovo à BBC.

Em 2007, a China apresentou ao mundo um sistema antisatélite criado para destruir satélites desativados. Para demonstrar o funcionamento da tecnologia, os chineses destruíram um de seus próprios satélites. A operação produziu, no entanto, outros dois mil fragmentos. O que os cientistas temem é uma espécie de reação em cadeia, a chamada Síndrome de Kessler (batizada assim em referência ao cientista da Nasa que descreveu o fenômeno pela primeira vez, em 1978). Como parte do fenômeno, fragmentos se chocam com outros fragmentos que, por sua vez, se chocam com mais detritos, gerando uma nuvem de objetos que tornaria inúteis grandes porções da órbita da Terra. Os detritos representam um risco não apenas para outros satélites, mas também para a Estação Espacial Internacional e missões espaciais tripuladas.

Política Espacial – O estudo de Castronuovo identificou mais de 60 objetos em órbita a cerca de 850 km de distância da Terra, dois terços deles pesam mais de três toneladas cada um e muitos se movem a uma velocidade aproximada de 7,5 km por segundo. Entre os objetos maiores, a grande maioria é composta de pedaços de foguetes usados. Segundo Castronuovo, é por eles que a faxina deveria começar.
“É difícil do ponto de vista político. Muitos desses objetos pertencem a nações que não querem cooperar ou não permitem acesso a seus objetos, mesmo que estejam no fim de sua vida operacional”, explicou o cientista. “E não existe um regulamento internacional sobre quem deveria remover os objetos que são deixados no espaço”.”Se começarmos a nos concentrar nos fragmentos de foguetes usados – que não contêm equipamento confidencial à bordo – não seria problema para o proprietário dar permissão para sua remoção”. Castronuovo propõe um esquema no qual pequenos satélites são lançados em missões de sete anos. Cada um é equipado com dois braços robóticos. Um braço intercepta um pedaço de foguete ou satélite desativado ou quebrado e o segura. Outro fixa no objeto um motor propulsor que levará o fragmento para fora da órbita. Completada a operação, o satélite liberaria o fragmento, seguindo em direção ao próximo.
Repercussão – Fazendo uma avaliação sobre a proposta de Castronuovo e sua equipe, Stuart Eves, engenheiro da empresa de tecnologia de satélites inglesa Surrey Satelite Technology, disse: “As operações e manobras de proximidade mencionadas aqui não são fáceis, mas a tecnologia está chegando lá”. “As pessoas chegam com todo tipo de ideia absurda, que não passam de ficção científica no momento. Uma coisa como essa é bem mais prática”. Entretanto, o grande problema pode ser político. Propostas desse tipo nunca são vistas como puramente motivadas pela necessidade de retirar o lixo do espaço, explicou Castronuovo.
“Esse tipo de abordagem poderia ser visto como uma ameaça a sistemas operacionais. Se você tem o poder de ir a um objeto no espaço e derrubá-lo, nada impede você de derrubar um satélite em funcionamento, então essa questão é realmente delicada”. (Fonte: Portal iG)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tempestades em SP e no RJ vão até triplicar nos próximos 60 anos


A ocorrência de tempestades em São Paulo e no Rio de Janeiro não vai parar de crescer. A constatação é de um estudo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em parceria com o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que mostra que o aumento da temperatura das águas do oceano Atlântico devido ao aumento do aquecimento global é a causa direta dessa previsão.O levantamento concluiu que as tempestades na região Sudeste serão duas vezes maiores dentro de 60 anos, se comparado ao volume atual. Nas regiões litorâneas, a ocorrência de fortes chuvas será três vezes mais intensa.A previsão leva em conta o ritmo de aquecimento do oceano Atlântico nos últimos 60 anos. As águas ficaram 0,6ºC mais quentes. No mesmo período, a temperatura do planeta subiu 0,8ºC. Com a perspectiva que esse ritmo seja mantido, podemos esperar cada vez mais chuvas daqui para frente.
“A coisa vai piorar, do ponto de vista climático. As chuvas vão aumentar, isso é fato. Reverter isso é diminuir a emissão dos gases do efeito estufa. No curto prazo, é uma tarefa improvável. O que resta é nos prepararmos para minimizar os efeitos”, afirmou o coordenador do Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe, Osmar Pinto Junior,Além do aumento da temperatura nos oceanos, a urbanização e os efeitos do feito estufa intensificam o problema nas grandes cidades. São Paulo é um exemplo claro disso. Enquanto a temperatura média em regiões tropicais cresceu 0,6ºC, a capital paulista ficou, em média, 2ºC mais quente nos últimos 60 anos. Para tentar prevenir o aumento das chuvas, o Inpe começou a instalar um novo sistema de medição de raios, que vai permitir identificar e prever tempestades severas. Batizado de BrasilDAT, ele vai permitir que sejam identificada a incidência de raios que ocorrem apenas no céu. Atualmente, só são identificados as descargas que atingem o solo.
A nova rede terá investimentos de R$ 10 milhões, e contará com 75 novos sensores que cobrirão todo o Brasil. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste terão o sistema implementado até o fim do ano. No ano que vem, a BrasilDAT estará em todo o país. “As descargas permitem retratar a intensidade de uma tempestade. O sistema vai permitir que se tenha essa informação com cerca de meia hora de antecedência”, observou Pinto Junior. Ele, no entanto, reconheceu que ainda é preciso melhorar o sistema de comunicação entre diversos órgão e entidades, para se prevenir de catástrofes. “Ainda precisamos de um sistema de emergência adequado”, completou. (Fonte: Cirilo Junior/ Folha.com)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Plástico “VERDE”

Quase já não é possível imaginar o nosso mundo sem plástico. Até mesmo quando se trata de conservação ambiental, essa espécie de “matéria-prima da vida moderna” também possui um papel importante. Por motivos bastante óbvios: o plástico convencional provém, em sua maioria, do petróleo.
De todos os estoques mundiais do óleo bruto, cerca de 4% são destinadas à fabricação do produto. Durante o processo industrial, são liberados na atmosfera seis quilos de CO2 para cada quilograma de plástico produzido. Considerando ainda o ritmo acelerado com o qual as reservas naturais de petróleo estão se extinguindo, logo se conclui o porquê das alternativas sustentáveis ao plástico terem sido tão bem-sucedidas nos últimos anos – especialmente na indústria de embalagens.
O plástico “verde” – ou o bioplástico – é composto geralmente por plantas como a cana-de-açúcar, o trigo, o milho ou a batata, mas também por óleo vegetal. Dificilmente pode-se encontrar algum produto doméstico para o qual ainda não haja ou esteja sendo desenvolvida uma alternativa em bioplástico. As aplicações do material incluem desde estruturas para celular e talheres descartáveis até sacolas de supermercado e vasos de flores, passando por sapatos e fraldas.
Para os especialistas, esse é apenas um elemento da crescente demanda por produtos sustentáveis, causada pela explosão no mercado de alimentos orgânicos nos últimos anos. “Hoje é bem melhor ter uma imagem ‘ecológica’ do que uma convencional. E as empresas tiram proveito disso”, analisa Norbert Voell, representante da Duales System GmbH – sociedade responsável pelo Ponto Verde, sistema de reciclagem de lixo na Alemanha. “Evidentemente, é melhor saber que os legumes orgânicos que se compra no supermercado vêm embalados de forma ecológica do que no saco plástico convencional”.
Grandes negócios – A tendência despertou reação também nas empresas responsáveis pelo produto tradicional, feito de petróleo – além de um investimento multimilionário em pesquisas e métodos de produção “verdes”. O grupo de gigantes globais desse ramo inclui, entre outros, a corporação agrícola estadunidense Cargill, a empresa italiana Novamont e a companhia química alemã BASF.
Materiais plásticos biodegradáveis como o poliactide, derivado de milho, já estão em uso em algumas das maiores redes de supermercados e multinacionais da indústria alimentícia, tais quais o Wal-Mart ou a Coca-Cola.
O plástico “verde” é responsável ainda por grandes negócios em solo brasileiro. No país, líder mundial na produção de açúcar, a empresa petroquímica Braskem utiliza a crescente indústria nacional de etanol canavieiro para produzir o bioplástico.
Do bagaço ao ecologicamente correto – No entanto, questionamentos foram levantados quanto à nova alternativa. Um deles discute se a sua produção não irá promover o desmatamento ou estancar as plantações de alimentos, assim como supostamente teria acontecido com o biocombustível. “Os argumentos apresentados quando se trata de bioplástico são parecidos com os relativos ao óleo de dendê”, aponta Voell, se referindo ao sul da Ásia, onde enormes áreas florestais são erradicadas a cada ano para dar lugar a lucrativas lavouras de palmas.
A fim de reagir às críticas, pequenos projetos procuram sair do padrão e, ainda assim, integrar a explosão da indústria canavieira. Um deles, concebido numa parceria entre Brasil e Alemanha, no Senai Climatec de Salvador (BA), produz plástico a partir dos restos da cana-de-açúcar, que são descartados pelas fábricas de etanol da região.
Os chamados “bagaços” costumam ser queimados, resultando em grandes emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O objetivo é transformar o produto reciclado no futuro plástico convencional e, com isso, sobrepor outro grande setor econômico do país: a indústria automotiva.
O avanço comercial do plástico “verde” parece inevitável. Todavia, até o momento, a variante ecológica representa apenas um percentual menor do que 1% no mercado global de plástico. E a associação industrial Plásticos Europeus acredita que o montante não deve crescer mais do que 5 a 10% nos próximos anos.
“A questão está nos altos custos de produção, mas também no fato do bioplástico ser pior em termos de manipulação e tratamento termomecânico em comparação com o material tradicional”, afirma Michael Niaounakis, especialista em polímeros do Instituto Europeu de Patentes de Haia.
Menos dióxido de carbono? – Ainda assim, os especialistas veem um verdadeiro potencial no bioplástico para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e, com isso, adiar as mudanças climáticas. O produto “verde” subjuga o convencional por demandar menos energia em sua produção e por ser livre de toxinas. Mas, a princípio, são necessários mais estudos científicos para se comprovar o quão sustentável, de fato, é o bioplástico.
“O fato de ele ser feito com matéria-prima renovável não o faz automaticamente melhor para o meio ambiente”, ressalva Gerhard Kotschik da Agência Federal do Meio Ambiente na Alemanha. “É preciso considerar todo o ciclo de produção. Para, só então, dizer se o bioplástico é mais ecologicamente correto do que o feito de petróleo”.
Com a reciclagem do bagaço da cana-de-açúcar, contudo, os produtores de plástico de Salvador, na Bahia, oferecem uma primeira resposta positiva. (Fonte: Folha.com)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Choque MORTAL

A ONU advertiu que haverá um “choque mortal” entre a crescente urbanização do planeta e a mudança climática, e previu catástrofes naturais “sem precedentes” devido ao enorme impacto das cidades sobre o meio ambiente. A análise consta do último relatório do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), considera as cidades como “o verdadeiro campo de batalha” na luta contra a mudança climática, um fenômeno contra o qual a entidade têm de começar a tomar medidas “ativamente”.
“As cidades não só são grandes causadoras da mudança climática, mas com densidades cada vez maiores, também serão as mais afetadas quando a natureza contra-atacar”, disse o diretor-executivo da ONU-Habitat, Joan Clos, que apresentou o relatório na sede das Nações Unidas.
Clos lembrou perante a imprensa que 50% da população vive em zonas urbanas e que, nessas áreas, receberam um fluxo migratório “sem precedentes” proveniente das zonas rurais dos países em vias de desenvolvimento. “Temos um desafio enorme diante de nós. Precisamos encontrar e pactuar um novo modelo de crescimento baseado em energias renováveis e as cidades devem agir para transformar seus planos urbanísticos e de desenvolvimento”, indicou o diretor-executivo. 
O texto pede às cidades que ajam “imediatamente” e indica que, se não forem adotadas medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e fomentar “um desenvolvimento urbano mais justo e sustentável do ponto de vista ambiental”, haverá “um choque mortal entre a urbanização e a mudança climática”. “As cidades, com sua crescente demanda de consumo e estilo de vida, agravam o ritmo da mudança climática e aumentam os riscos”, aponta o relatório, que detalha que, embora as cidades ocupem apenas 2% da superfície terrestre, são responsáveis por 75% das emissões dos gases do efeito estufa.
O texto, intitulado “As cidades e a mudança climática: Relatório Mundial sobre os Assentamentos Humanos 2011″, ressalta que, até 2050, a situação ambiental poderia provocar 200 milhões de refugiados, que buscarão “novas casas ou novos países para viver”, devido ao transtorno que os desastres terão nas economias locais.As cidades devem se preparar para “um ataque das poderosas forças da natureza: o aumento da temperatura dos oceanos, o degelo e o consequente aumento do nível do mar são uma ameaça para milhões de pessoas que vivem nas cidades litorâneas”, alertam os autores do relatório. “As marés tormentosas, cada vez mais frequentes, provocam cheias e danos materiais, inundações, erosão do litoral, maior salinidade e obstruções à drenagem das correntes de água”, constata o relatório, que alerta para as graves repercussões no delta do Nilo, em cidades litorâneas em nível muito baixo, como Copenhague, e em comunidades insulares do Pacífico sul.
Nas cidades litorâneas do Norte da África, espera-se um aumento da temperatura de 1 a 2 graus centígrados, o que poderia fazer subir o nível do mar e expor entre 6 e 25 milhões de habitantes a enchentes. Além disso, o texto indica que, na América Latina, “entre 12 e 81 milhões de habitantes poderiam testemunhar maiores tensões relacionadas à água antes da década de 2020″. (Fonte: Portal iG)

Código Florestal deve ir à votação no fim de maio, diz líder


A votação do novo Código Florestal Brasileiro só deverá ocorrer na última semana de maio. Essa é a previsão do líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Segundo ele, na próxima semana o governo vai se dedicar a medidas provisórias que estão trancando a pauta da Casa. De acordo com Vaccarezza, o adiamento da votação para o final de maio se justifica para permitir maior amadurecimento do texto do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e possibilitar mais diálogo sobre a proposta. Ele também disse que a ausência do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), na semana que vem, que estará em viagem oficial ao exterior, contribuiu para a transferência da votação. “Não é adequado fazermos uma votação cercada de tanta paixão como parece essa na ausência do presidente da Câmara. Essa é uma votação muito nervosa”. O líder governista elogiou o relatório do deputado Aldo Rebelo, fruto do acordo feito com o governo, ao dizer que ele é “equilibrado” ao “garantir a defesa do ambiente e as necessidades da produção”. Segundo ele, o texto apresentado por Rebelo no plenário da Câmara na noite de quinta-feira foi o texto do acordo, sem qualquer modificação. “O texto definitivo estava na liderança do governo à disposição de todos os líderes.” O adiamento da votação do Código Florestal foi justificado pelo líder governista para evitar que o texto fosse desfigurado com uma emenda que estava sendo articulada pelos partidos de oposição. “Ela começou a ganhar adeptos da oposição e também da base do governo. Então achamos melhor adiar a votação.” (Fonte: Radiobrás)

Consumo de recursos naturais pode aumentar 3 vezes no mundo ...



Segundo a ONU o consumo mundial de recursos naturais pode ser triplicado até 2050, a 140 bilhões de toneladas por ano, caso não sejam tomadas medidas drásticas para frear a superexploração. O programa da ONU para o meio ambiente (PNUE) ressalta em um informe publicado na quinta-feira dia 12 que as reservas a um bom preço e qualidade de certos recursos essenciais como o petróleo, o ouro e o cobre já estão se esgotando.Com uma população de 9,3 bilhões de pessoas esperadas para o ano de 2050 e com países em desenvolvimento cada vez mais prósperos, o PNUE adverte que “as perspectivas de níveis de consumo cada vez mais elevadas vão muito além do que é provavelmente viável”. O informe indica que os governos devem fazer mais com menos, e de maneira mais rápida que o ritmo de crescimento econômico. Atualmente, nos países desenvolvidos, uma pessoa consome em média 16 toneladas de minerais, combustíveis fósseis e biomassa por ano, contra 4 toneladas na Índia, segundo o informe. O PNUE considera necessário refletir integralmente sobre a exploração dos recursos e prever “investimentos massivos” nas inovações tecnológicas, econômicas e sociais a fim de conquistar, pelo menos, o congelamento dos níveis atuais de consumo de recursos nos países ricos. (Fonte: G1)

sábado, 23 de abril de 2011

Otimismo marca 1º aniversário de desastre da BP no golfo do México

Um ano depois da explosão da plataforma da BP (British Petroleum) no golfo do México que causou o maior vazamento de petróleo da história dos EUA, autoridades americanas se disseram na terça-feira (20) otimistas quanto à reversão dos danos ambientais e econômicos.

No dia 20 de abril de 2010, a explosão da Deepwater Horizon resultou na morte de 11 pessoas e deu início a um vazamento que, em quase três meses, liberou cerca de 5 milhões de barris de petróleo.
Durante os quase 90 dias de vazamento, interrompido após complexa operação de fechamento do poço, quatro Estados da costa americana do golfo foram atingidos, sofrendo graves danos ambientais e às suas economias.
“Ainda há muito trabalho a se fazer, mas grande parte da nossa água está limpa, aberta e pronta para nossos pescadores”, afirmou Bobby Jindal, governador da Louisiana, Estado mais afetado.
O presidente Barack Obama, em comunicado, disse que foram alcançados “progressos significativos”, mas “a tarefa ainda não acabou”.
Obama, à época criticado pela resposta supostamente lenta à catástrofe, disse que continuará trabalhando para que a BP e outras partes envolvidas respondam “pelos danos que provocaram”.
A BP pagou até agora cerca de US$ 5 bilhões em reparação aos danos causados ao meio ambiente e a economias costeiras e perdeu US$ 70 bilhões em valor de mercado depois do desastre.
A empresa substituiu seu diretor-chefe, um britânico, por um americano como forma de resposta à pressão.(Fonte: Folha.com)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Japão vive outro sismo um mês depois da grande tragédia

Brasileiros criam plástico revolucionário a partir de frutas

Carros feitos a partir de banana, abacaxi ou casca de coco podem virar uma realidade em breve. Na última semana, pesquisadores brasileiros da Universidade Estadual Paulista (Unesp) anunciaram que desenvolveram um novo tipo de plástico a partir de fibras de frutas que promete ser mais resistente, leve e limpo do que as alternativas conhecidas hoje em dia.

Em entrevista exclusiva ao Terra, o professor e engenheiro agrônomo Alcides Leão, que lidera o estudo, disse que o plástico revolucionário deve ter inicialmente seu principal uso na indústria automobilística, mas também poderá trazer grandes benefícios à área médica, com uso em próteses e pinos, e até mesmo na substituição do Kevlar, material usado em coletes à prova de balas e capacetes militares.
O processo se baseia na obtenção de nanocelulose a partir de frutas e outros vegetais. Na fabricação de papel, são usadas fibras de celulose, encontradas em madeira por exemplo. Agora, cientistas descobriram a nanocelulose, fibras muito menores, medidas em nanômetros, que podem ser obtidas com processamento intensivo de celulose.
"A nanocelulose é produzida a partir da celulose de varias fontes, inclusive lodo de empresas de celulose e papel. Essa nanocelulose pode ser produzida via bactérias ou via processos químicos e mecânicos, como no nosso caso", diz Leão.
Para obter as nanofibras, os cientistas colocam folhas e caules de abacaxi e demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão, onde são adicionados outros compostos químicos. O "cozimento" é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco. Estas nanofibras são tão pequenas que seria necessário colocar 50.000 delas enfileiradas para cobrir o diâmetro de um fio de cabelo humano.
Segundo Leão, o novo plástico pode no futuro substituir o aço e o alumínio. "As propriedades destes plásticos são incríveis. São 30% mais leves e de três a quatro vezes mais fortes que os comuns", diz o pesquisador, que acredita que em um prazo de dois anos várias peças de carros, incluindo painéis e para-choques, serão feitas de nanofibras de frutas.
Além do aumento na segurança, os bioplásticos permitirão a redução do peso do veículo, com um ganho direto na economia de combustível. O pesquisador brasileiro cita ainda outras vantagens. Segundo ele, os plásticos com as nanofibras de frutas incorporadas têm maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.
Outra vantagem é que o material é produzido a partir de uma fonte completamente renovável. Além disso, é preciso apenas 1 kg de nanocelulose para produzir 100 kg de plástico. "Esse processo é de baixo impacto ambiental. Mas o mais importante é que fazemos isso a partir de resíduos antes dispostos no ambiente, seja em aterros ou seja em processos de queima ou compostagem", lembra Leão.
Conforme o pesquisador, também estão sendo realizados testes na área de biomedicina, incluindo veterinária. "Já foram realizados ensaios em todas as propriedades mecânicas, físicas e químicas. Esse produto age como reforço de plásticos e pode ser usado em muitas áreas, como curativos, meniscos, próteses, implantes e pinos dentários. Também pode ser utilizado pela industria aeronáutica e na reposição de plásticos em geral", disse o cientista, que revelou que os custos para a produção do material ainda não estão fechados.
 (Fonte: Angela Joenck/ Portal Terra)

Bar ecológico em Jacarta é montado com quase tudo reciclado

Tampas de lavadoras usadas como mesas, caixas de refrescos como bancos e frigideiras servindo como pias fazem de um bar de Jacarta um oásis ecológico na era da mudança climática.

Criado há pouco mais de um ano por cinco indonésios comprometidos com o meio ambiente, o 365 Eco Bar é uma exceção na poluída e congestionada capital indonésia.
O estabelecimento busca conscientizar os frequentadores sobre o aquecimento global, embora seus criadores também compartilhem outra motivação: "O gosto pela bebida", revela à Agência Efe uma das donas, Noni Quan.
Há objetos reciclados por todos os cantos. Noni estima que cerca de 80% do estabelecimento tenha sido montado a partir de produtos reciclados.
As garrafas são utilizadas como lâmpadas, as caixas de frutas servem de bancos e a mesa do DJ se apoia sobre um tanque utilizado anteriormente pela empresa estatal Pertamina, extratora de combustível derivado de petróleo e gás.
Jacarta é a terceira cidade mais poluída do mundo, atrás apenas da Cidade do México e Bancoc, segundo dados de Ministério do Meio Ambiente indonésio.
No entanto, estas criativas ideias em uma cidade na qual reciclar é quase impensável não agradam a todos.
"Alguns clientes criticam nossa mobília. Dizem que tudo é velho", diz Wahyu Ananto, outro dos donos.
Cada canto do 365 Eco Bar foi pensado com imaginação e não é necessário entrar no estabelecimento para distingui-lo dos outros.
Lado de fora - O lado de fora do bar já deixa os pedestres perplexos. O local foi construído a partir de quatro contêineres utilizados pelos navios para transportar mercadorias, enquanto a estrutura de aço que suporta o telhado provém de um hotel que foi demolido.
Na porta, um grande cartaz lembra aos clientes quantos dias faltam para o fim do ano.
"Pretendemos que as pessoas se perguntem o que vão fazer no tempo que resta para cuidar do planeta", explica Ananto.
Este bar ecológico não se limita à reciclagem. Seus donos sabem que fazer um uso apropriado da energia é ainda mais importante, por isso o ar condicionado do local não utiliza gás freón, prejudicial para o meio ambiente, e todas as lâmpadas são de baixo consumo.
"Sabemos que em outros países existem muitos bares como o nosso, mas na Indonésia é uma revolução", ressalta Ananto.
A capital da Indonésia, cuja região metropolitana é habitada por mais de 25 milhões de pessoas, sofre graves problemas ambientais por causa de uma urbanização descontrolada, da superpopulação, da falta de infraestruturas e do crescente número de veículos.
A cada seis meses, o 365 Eco Bar organiza um mercadinho no qual vende mobília reciclada e utensílios que foram usados durante um tempo no estabelecimento para propiciar aos consumidores "que levem a experiência da reciclagem para casa", segundo Quan.
Nada está no local por acaso. Até os desenhos nas paredes do estabelecimento foram escolhidos após uma árdua seleção entre dezenas de artistas que propuseram uma visão particular da defesa do meio ambiente.
Animais lutando por sua sobrevivência na selva urbana e peixes nadando entre corais são algumas das imagens que enfeitam o 365 Eco Bar.
A proposta ecológica na noite de Jacarta funcionou melhor do que o esperado e os donos do estabelecimento já planejam a abertura de outro bar no mesmo estilo na turística ilha de Bali.
Segundo dados do Worldwatch Institute, o governo indonésio só tem capacidade para recolher 50% do lixo que o país produz.
Esta circunstância faz com que pequenas ações, como este bar, além de promoções de reciclagem e sustentabilidade, sejam fundamentais para o país asiático. (Fonte: Folha.com)



Paula Regueira LealPaula Regueira Leal

Avião abastecido por luz solar será colocado à prova em 2012

Avião Solar Impulse faz seu primeiro voo de 25 horas, para testar capacidade das baterias no período noturno


O protótipo de avião Impulso Solar HB-SIA deve tentar seu primeiro voo ao redor da Terra daqui a um ano.

Nesta segunda-feira (11), o piloto alemão Markus Scherdel realizou um teste preliminar no aeroporto de Payerne, na Suíça.
A nave possui 12 mil captadores de luz solar que estão distribuídos nas asas com medida total de 64,3 metros de comprimento. (Fonte: Folha.com)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Japão adverte que deter vazamento radioativo vai durar meses

Um conselheiro do primeiro-ministro japonês reconheceu que serão necessários MESES para deter o vazamento radioativo da central de Fukushima, onde os funcionários tentavam fechar neste domingo uma rachadura em um poço que leva a contaminação para o mar.
Na região nordeste do Japão, devastada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, 25.000 soldados japoneses e americanos entraram no terceiro dia de buscas de vítimas. Até o momento apenas 167 corpos foram recuperados.
Três semanas depois da tragédia, o balanço ainda provisório registra 12.009 mortes confirmados e 15.472 desaparecidos.
A central Fukushima Daiichi (N°1), próxima do Oceano Pacífico e a 250 km ao norte de Tóquio, foi concebida para resistir a ondas de seis metros, mas não de 14, como foi o caso.
O maremoto posterior ao tremor de 9 graus afogou os circuitos elétricos e o sistema de resfriamento da central.
Quatro reatores registraram um aquecimento perigoso, provocando explosões e liberando fumaça radioativa. A empresa Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da central, conseguiu conter o superaquecimento jogando água nas instalações.
O acidente, o mais grave desde a catástrofe nuclear de Chernobyl em 1986, “será uma longa batalha”, reconheceu Goshi Hosono, conselheiro do primeiro-ministro Naoto Kan.
“Provavelmente serão necessários vários meses para deter os vazamentos radioativos. O maior desafio são as quase 10.000 barras de combustível usado, cuja retirada levará muito tempo”, disse. (Fonte: Yahoo!)

Empresa confirma vazamento de líquido radioativo em mar do Japão

Responsável pela gestão da usina nuclear de Fukushima, no Japão, a empresa Tokyo Electric Power (Tepco) confirmou neste sábado (2) o vazamento de um líquido altamente radioativo para o Oceano Pacífico.
O vazamento ocorre por uma rachadura de cerca de 20 centímetros na parede de uma fossa perto do reator 2, que tem água com alto nível de radiação numa profundidade entre 10 e 20 centímetros.
Agora, funcionários da empresa trabalham para conter o vazamento. A intenção é tampar a rachadura usando cimento. A Tepco também investiga se há outros vazamentos.
Nesta quinta-feira (31), a operadora informou que o nível de radiação na água de uma canalização subterrânea fora do prédio do reator 2 da usina estava mais de 10 mil vezes acima do nível normal permitido nos reatores. A Tepco também achou radiação em água do solo perto do reator 1.
Operários da usina ainda tentam drenar a água radioativa que se acumulou em diversas áreas dos reatores 1, 2 e 3. Além disso, é preciso restaurar o resfriamento dos reatores. (Fonte G1)

Especialistas alertam para o perigo dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente


Especialistas que participaram de mesa-redonda promovida pela Rádio Nacional de Brasília, da Empresa Brasil de Comunicação, para debater o uso inadequado de agrotóxicos nas lavouras, alertaram para a importância de substituir os defensivos agrícolas por produtos de menor toxicidade e também para o perigo do uso de agrotóxicos contrabandeados.
Eles observaram que é preocupante a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal que pode afetar a saúde humana. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, José Luiz Santana, um dos debatedores, ponderou que o uso de defensivos acaba sendo necessário para que a produção agrícola mundial se situe no patamar anual de 2 bilhões de toneladas de grãos.
Por isso, segundo ele, “é preciso que a própria sociedade cobre o emprego correto desses produtos de forma que os efeitos negativos para a saúde do consumidor sejam reduzidos”.
O médico e doutor em toxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso Wanderlei Pignatti afirmou que, em 2009, foram utilizados, no Brasil, 720 milhões de litros de agrotóxicos. Só em Mato Grosso, foram consumidos 105 mil litros do produto. Ele indaga “onde vai parar todo esse volume” e defende a reciclagem das embalagens vazias a fim de não contaminarem o meio ambiente.
Pignatti alerta que a chuva e os ventos favorecem a contaminação dos lençóis freáticos. Entre os defensivos agrícolas mais perigosos, ele cita os clorados, que estão proibidos em todo o mundo e ainda são utilizados largamente no Brasil. São defensivos que causam problemas hormonais e que podem afetar a formação de fetos, segundo o médico.
O professor relatou que, nos locais onde o uso de agrotóxicos não é feito com critério, encontram-se casos de contaminação do próprio leite materno, “o alimento mais puro que existe”, o que ocorre pela ingestão do leite de vaca. “A mulher vai ter todo o seu organismo afetado quando o seu leite não estiver puro e os efeitos tóxicos podem ficar armazenados nas camadas de gordura do corpo”.
Ele lembrou ainda há resolução do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que proíbe a pulverização de agrotóxicos num raio de 500 metros onde haja habitação e instalações para abrigar animais, distância que tem que ser observada também em relação às nascentes.
O professor Mauro Banderali, especialista em instrumentação ambiental na área de aterros sanitários, reconhece que, apesar da cultura de separação do lixo tóxico em aterros que há existe no país, ainda não se sabe exatamente o potencial dos agrotóxicos para contaminar o solo e a água e, consequentemente, os seres humanos pelo consumo de alimentos cultivados em áreas pulverizadas. “A preparação do campo para o plantio é, frequentemente, feita sem se saber se vai vir chuva. Quando o tempo traz surpresas, ocorre a contaminação das nascentes em lugares onde a aplicação foi demasiada”.
O professor José Luiz Santana ressalva que há, no país, propriedades muito bem administradas onde há a preocupação de manter práticas sustentáveis. Ele, no entanto, denunciou que há agricultores que usam marcas tidas como ultrapassadas na área dos químicos e que podem ser substituídas por alternativas de produtos mais evoluídos, disponíveis no mercado.
Para ele, apesar da seriedade do assunto, “não se deve assustar as pessoas quanto ao consumo de alimentos”, já que as áreas do governo que cuidam do tema têm o dever de trabalhar pelo bom uso dos agrotóxicos e, além disso, conforme ressaltou, a agricultura conta com um “trabalho de apoio importante por parte de organizações não governamentais que procuram difundir o uso correto dos defensivos agrícolas.(Fonte: Lourenço Canuto/ Agência Brasil)

Greenpeace - descaso com a população

No começo desta semana, uma equipe de ativistas e cientistas do Greenpeace foi à região próxima a Fukushima, no Japão, para investigar os reais níveis de radiação decorrentes do acidente nuclear. O resultado não é nada bom. Jacob Namminga, um dos integrantes de nossa equipe, mandou seu relato via Skype no dia 26 de março:

“Estamos em Yonezawa, 45 km a noroeste de Fukushima. Trouxemos bastante comida de Osaka para evitar os alimentos produzidos por aqui, especialmente o leite, por conta do alto teor de contaminação. Ontem estivemos em um abrigo onde estão 500 pessoas, 300 delas refugiadas da radiação. Durante o dia os aparelhos de medição de radiação ficam ligados e o alarme soa o tempo todo avisando de níveis altos de radiação. As paisagens montanhosas deste lado do Japão são muito bonitas, pena que o olhar sempre se desvia para o medidor de contaminação”.

Dias depois, nossa equipe trouxe os primeiros resultados do trabalho. Na cidade de Iitate, a 40 km da usina, eles detectaram níveis de radiação acima do que é considerado seguro para seres humanos. O alerta foi confirmado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no dia 31 de março, porém o governo mantém a área de evacuação somente a 20 km da usina, colocando a saúde de seus cidadãos em risco grave. O Greenpeace continuará na área avaliando os impactos do acidente. 

Aparentemente o descaso com a população é comum na realidade japonesa tanto quanto é na brasileira. Aqui, o governo se recusa a repensar o programa nuclear brasileiro e mantém comunidades próximas das usinas Angra 1 e 2 sob ameaça – além de continuar o plano de construir ali uma terceira usina e outras no Nordeste. Isso no país com um dos maiores potenciais de geração de energia renovável do mundo.  

Mais de 18 mil pessoas já assinaram a petição pedindo à presidente Dilma que pare o investimento em energia nuclear e opte por fontes renováveis, como vento e sol. Precisamos fortalecer nossa mensagem e dizer a ela que nós, brasileiros, não precisamos de nuclear. Assine a petição
.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Investimentos em energia limpa têm resultado recorde; Brasil é 6º


Os investimentos mundiais em energia limpa alcançaram o valor recorde de US$ 243 bilhões em 2010, com alta de 30% ante 2009, segundo pesquisa divulgada  pelo The Pew Charitable Trusts.
O Brasil ficou em sexto lugar no ranking, com US$ 7,6 bilhões em investimentos ante US$ 7,7 bilhões em 2009. Nas primeiras posições ficaram a China (US$ 54,4 bilhões), a Alemanha (US$ 41,2 bilhões) e os Estados Unidos (US$ 34 bilhões).
“O setor de energia limpa está emergindo como um dos mais dinâmicos e competitivos do mundo, testemunhando 630% de crescimento em financiamentos e investimentos desde 2004″, disse Phyllis Cuttino, diretor do programa de energia limpa do Pew.
A energia eólica continuou a ser a tecnologia favorita para os investidores, com US$ 95 bilhões. Entretanto, o setor solar experimentou crescimento significativo em 2010, com investimentos aumentando 53%, chegando ao recorde de US$ 79 bilhões e mais de 17 gigawatts de novas capacidades de produção global.
A Alemanha respondeu por 45% dos investimentos mundiais em energia solar.
Os investimentos nos países do G20 (grupo formado pelas economias ricas e as principais emergentes) contabilizaram mais de 90% do total mundial. (Fonte: Folha.com)

Após acidente no Japão, EUA notam traços de radioatividade na chuva.


Traços de radioatividade provenientes da usina nuclear de Fukushima, danificada após o terremoto seguido de tsunami de 11 de março no Japão, foram detectados na água da chuva no nordeste dos Estados Unidos, informou a Agência Americana do Meio Ambiente, que assegurou que tais traços não representam perigo para a saúde humana. Os traços de radioatividade, procedentes dos reatores japoneses danificados após o terremoto seguido de tsunami que assolou a ilha, foram detectados nos estados da Pensilvânia e de Massachusetts, indicou a Agência Americana do Meio Ambiente (EPA, sigla em inglês).
A agência assegurou ter reforçado seu sistema de controle de água da chuva e de água potável em todo o país.“Após o acidente da central de Fukushima, vários detectores de ar da EPA registraram materiais com níveis muito baixos de radioatividade nos Estados Unidos, que correspondem aos dados dos reatores danificados” no Japão, explicou a agência em um comunicado. “Essas observações não são uma surpresa, e os níveis registrados estão muito abaixo do que poderia ser perigoso à saúde”, indicou a mesma fonte. Os níveis de radioatividade detectados na água da chuva na Pensilvânia e em Massachusetts “estão sendo estudados pela EPA”, explicou a agência governamental, indicando que “esses níveis são superiores à média histórica dessas regiões”.
A agência assegurou que continuará a analisar as águas da chuva e potável do país mesmo que “esses aumentos (de radioatividade) a curto prazo não representem perigo algum para a saúde”. (Fonte: G1)

Número de participantes da Hora do Planeta bate recorde no Brasil


Milhares de pessoas em 123 cidades brasileiras participaram da Hora do Planeta, no sábado, 26 de março. A presença de 20 capitais em conjunto com mais de 1.900 empresas e organizações resultou em um recorde de público desde que o evento foi iniciado no Brasil, há três anos.

A mobilização para deixar o país às escuras teve início às 20h30, horário de Brasília. Capitais como Campo Grande, Vitória, Salvador e São Paulo apagaram as luzes de diversos ícones das cidades em um gesto que chamou atenção para os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
No Rio de Janeiro, cidade sede do evento brasileiro de 2011, cerca de 3,5 mil pessoas sambaram nos Arcos da Lapa, ao som das baterias das escolas de samba Mangueira, Portela, União da Ilha e Grande Rio.                                          A abertura da Hora do Planeta foi realizada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pelo prefeito Eduardo Paes e pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Mic, que, juntos, desligaram as luzes de ícones como o Cristo Redentor, a orla de Copacabana, o Arpoador, o Pão de Açúcar e os Arcos da Lapa.                                                
Com a cidade no escuro, foi a vez de os cidadãos realizarem um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes no Brasil no início do ano, que afetaram severamente o estado do Rio de Janeiro, e aos recentes terremotos e tsunami no Japão.
Em Brasília, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, se reuniram no Museu da República para desligar um grande interruptor que simbolizou o apagar de luzes da cidade. Locais como a Esplanada dos Ministérios, o Palácio do Buriti e o Memorial JK também ficaram apagados.
A participação de três cidades do Acre (Xapuri, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira) também chamou atenção dos realizadores do evento, mas foi a capital Rio Branco que concentrou grande parte das atividades. Um delas foi a “bicicleata” que partiu da sede do Governo Estadual e chegou na Ponte JK – ambos os pontos estavam apagados. A mobilização também lembrou o nome do ambientalista Chico Mendes e contou com a presença da filha dele, Elenira Mendes.
A terra de Padre Cícero, Juazeiro do Norte, no Ceará, também participou da celebração pelo planeta e apagou suas luzes por uma hora. Durante o período de escuridão a população aproveitou para observar estrelas, nebulosas, Saturno e seus anéis, em três telescópios oferecidos pela estação astronômica PieGise.
Hora do Planeta no mundo – Em todos os sete continentes cerca de 134 países e territórios participaram da Hora do Planeta, mas o número não é preciso. De acordo com o cofundador e diretor executivo do evento, Andy Ridley, “a lista de participantes oficiais sempre fica aquém do nível real de participação”.
“Depois do evento, a gente sempre descobre que ele foi realizado em países que nunca nos contataram, em lugares que nunca ouvimos falar”, completou.
A edição de 2011 da Hora do Planeta teve início nas ilhas Fiji e na Nova Zelândia, e terminou 24 horas mais tarde nas Ilhas Cook. A estimativa é que o número de participantes tenha ultrapassado o marco de cem milhões de pessoas. 

(Fonte: Portal Terra)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Soluções Ambientais - Uso sustentável dos recursos naturais

Do ponto de vista das atribuições do Estado, o direito a uma vida saudável e produtiva significa a responsabilidade do poder público pela implementação de políticas sociais. 
Para o pesquisador Oswaldo Sunkel, os serviços públicos essenciais deveriam compensar o grau de deterioração ambiental a que os mais pobres são submetidos. Especialmente nos países com maiores dificuldades, as políticas de desenvolvimento sustentável poderiam ser partilhadas pelo Estado e pela iniciativa privada. 
Um exemplo disso seria o emprego massivo de força de trabalho em obras de pequeno porte, como construção de equipamentos e infra-estrutura comunitárias, terraços contra erosão, vias, praças, limpeza e proteção de rios e córregos. Essas medidas gerariam simultaneamente novos postos de trabalho e a melhoria na qualidade de vida da população. 
Essas soluções viriam acompanhadas de políticas de longo prazo, como aumento dos investimentos em educação, ciência e tecnologia. Segundo Sunkel, deve-se ter um conhecimento mais amplo dos ecossistemas para aproveitar ao máximo suas potencialidades e evitar, ao mesmo tempo, sua deterioração e esgotamento. 

Exemplo disso ocorreu na China, em 1949, quando colocou-se o desafio de alimentar a enorme população, que atualmente está na casa de 1,1 bilhão de habitantes.Implemento-se COMUNAS AUTO-SUFICIENTESA única dificuldade encontrada foi a rigidez do sistema político. 
Nas comunas de até 90 mil habitantes, situadas nas planícies orientais do país, foram criados sistemas integrados de culturas agrícolas, pecuária, piscicultura e formas renováveis de energia. Cada equipe de produção era composta por 90 famílias que produzia toda a energia, alimentos e fertilizantes necessários, colocando o excedente nas cidades vizinhas. Nada era desperdiçado:folhas de bananeira e fibras de cana-de-açúcar servem de alimento a peixes e combustível para estufas de gás biológico.As estufas e os biodigestores que funcionam com excrementos humanos e do gado e com vegetais(como os jacintos aquáticos), gerando assim o gás metano através da decomposição da matéria orgânica.Produz-se com ele ENERGIA ELÉTRICA e nas atividades da cozinha chinesa. 
Assim evitava-se o uso de lenha das matas nativas ou plantadas. Desde 1968, uma rede de 90 mil miniusinas hidroelétricas complementam a demanda energética ideal para abastecer indústrias rurais, escolas e hospitais. 
Os peixes são criados em tanques e utilizam plantas aquáticas, folhas de cana, ervas e algas na parte superficial da água para se alimentarem. Esse pequeno ecossistema funciona em águas residuais e o limo resultante é usado como fertilizante.Esse sistema rende em média 4,5 toneladas de peixes por ano por hectare e os índices de proteínas são cinco vezes superiores 
ao da pesca convencional. 


Na cultura agrícola, a suficiência da mão-de-obra permite o cultivo de fileiras alternadas, com benefícios simbióticos para as plantas e o solo. As leguminosas, por exemplo, suprem o nitrogênio exigido pela cultura do trigo.Com o sistema de irrigação construído, o país é responsável por um terço da produção mundial de arroz, o que equivale a produção conjunta da ÍNDIA, Indonésia,Bangladesh, Japão e Tailândia.Os chineses produzem dois milhões de toneladas de peixes de água doce ao ano, em 6 milhões de toneladas anuais no mundo
Deve-se então considerar o país como exemplo de auto-sustentabilidade, mesmo com as variações políticas ocorridas, com abertura econômica.O país se utiliza do intensivo uso de mão-de-obra e dispensa o uso de maquinaria cara e inacessível.Ao optar por fontes alternativas de energia, elimina a dependência dos combustíveis fósseis. 
Esse povo também é exemplo quando se fala de SELEÇÃO DE VARIEDADES DE SEMENTES PARA O CULTIVO ,O CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS e o TERRACEAMENTO para a conservação do solo. 


GIANSANTI,Roberto.O desafio do desenvolvimento sustentável.6.ed.Ed. Atual2010

Japão - Confirmado contaminação radioativa nos vegetais, água da chuva e...

Força do Tsunami no Japão muda o eixo da Terra

Gás radioativo vaza em Fukushima

sexta-feira, 4 de março de 2011

Saco plástico causa menos danos que ecobags, diz relatório

Uma pesquisa inédita do governo britânico indica que sacolas de plástico, odiadas por ambientalistas e rejeitadas por consumidores, podem não ser vilãs ecológicas.
Um relatório da Agência do Meio Ambiente britânica, descobriu que PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nas sacolas causa menos impacto ambiental do que as matérias-primas das ecobags.
Os sacos de polietileno são, a cada utilização, quase 200 vezes menos prejudiciais ao clima do que as sacolas de algodão. Além disso, emitem um terço do CO2 em comparação às sacolas de papel oferecidas pelos varejistas.
Os resultados do relatório indicam que, para equilibrar o pequeno impacto de cada saquinho, os consumidores teriam que usar a mesma sacola de algodão em todos os dias úteis do ano, ou sacolas de papel.
A maioria dos sacos de papel são utilizados apenas uma vez e o estudo levantou que sacos de algodão são usados apenas 51 vezes antes de serem descartados, tornando-se – de acordo com o novo relatório – piores que as sacolas plásticas usadas apenas uma vez.
Apesar de ter sido encomendada em 2005 e programada para publicação em 2007, a pesquisa ainda não tinha sido divulgada ao público.
Oficialmente, a Agência do Meio Ambiente disse que o relatório – “Life Cycle Assessment of Supermarket Carrier Bags”, de Chris Edwards e Meyhoff Jonna Fry – ainda está sendo revisado. No entanto, foi submetido ao processo de revisão há mais de um ano.
A agência não tem a data da publicação, mas declarou que será em breve.
O relatório queria descobrir qual dos sete tipos de sacos têm o menor impacto ambiental na poluição causada pela extração das matérias-primas, produção, transporte e eliminação.
Segundo os pesquisadores, ‘” PEAD teve o menor impacto ambiental entre as opções de uso individual em nove das dez categorias. A sacola de algodão teve um bom desempenho porque foi considerada a mais leve”.
Seis bilhões de sacolas plásticas são utilizadas em todo o Reino Unido por ano e não há dúvida de que causam problemas ambientais, como lixo e poluição marinha, utilizando petróleo. Limitar o uso e reutilizá-las reduz os danos.
Que saco devo usar? – Todos os sacos causam impacto. A melhor solução seria utilizar um saco de algodão centenas de vezes, provavelmente por anos. Para usar poucas vezes, a melhor opção é o plástico, segundo o estudo. (Fonte: Folha.com)

terça-feira, 1 de março de 2011

Empresa diz produzir diesel com sol, água e gás carbônico



Uma empresa da área de biotecnologia de Massachussetts (EUA), afirmou que é possível produzir combustível usando os mesmos ingredientes que fazem uma planta crescer.


A Joule Unlimited inventou um organismo geneticamente modificado que, segundo a companhia, simplesmente secreta óleo diesel ou etanol sempre que está exposta à luz do sol, com água e dióxido de carbono disponíveis. A empresa afirma que pode manipular o organismo para produzir combustíveis renováveis a taxas sem precedentes, e pode fazê-lo em grande escala e baixo custo, se comparado ao dos combustíveis fósseis mais baratos.
O organismo em questão trata-se de uma cianobactéria – que, apesar de não pertencerem ao reino vegetal, e sim ao monera (bactérias), também são chamadas de algas.



Geneticamente modificada, ela é capaz de produzir e secretar etanol ou hidrocarbonetos – substâncias que compõem diversos combustíveis, como o diesel– como subproduto da fotossíntese. A companhia também tem a intenção de construir biorreatores com as cianobactérias, de forma que elas também consumam o dióxido de carbono emitido pelas indústrias. Esse método tem sido bastante estudado por cientistas para a redução de emissões de CO2, inclusive no Brasil.

“O que afirmamos é ousado, e é algo em que acreditamos, validamos e apresentamos a investidores”, afirma o executivo-chefe da companhia, Bill Sims. “Se estivermos parcialmente corretos, isso ainda revolucionará a indústria mundial de óleo e gás”, completa.

O feito ainda não está realmente completo, e há bastante ceticismo em relação à capacidade da Joule de cumprir a promessa. Segundo outros pesquisadores, as cianobactérias secretam uma baixa quantidade de combustível em um volume enorme de água, e a coleta do material pode apresentar complicações. (Fonte: Folha.com)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vazamento resulta em 5 mil litros de óleo combustível em rio do Paraná

Cerca de 5 mil litros de óleo combustível contaminaram o rio que abastece o município de Cascavel, no Paraná, após um acidente entre dois caminhões resultar no derramamento da carga dos veículos. O acidente ocorreu dia19/02.
Como reflexo do vazamento, ao menos 120 mil pessoas estão sem acesso a água, número que representa quase metade da população de Cascavel. Embora o acidente não tenha deixado feridos, o prejuízo para o meio ambiente na região foi enorme.
Foram montadas barreiras para conter o avanço da mancha de combustível no rio e equipamentos sugavam o lubrificante da água, mas nada adiantou. O produto se espalhou por 14 quilômetros do rio e atingiu uma das três estações de tratamento a cidade.
A previsão da companhia de abastecimento do Paraná é de que cerca de 60% da população da cidade fique sem água nesta segunda-feira (21). O abastecimento de água na em Cascavel não deve voltar ao normal antes de quarta-feira (23). (Fonte: G1)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Governo prepara proposta de flexibilização do Código Florestal

O governo prepara uma proposta de flexibilização do Código Florestal que prevê o plantio em áreas de preservação permanente para a agricultura familiar e exclui qualquer anistia a desmatadores.

A base da proposta foi elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente e está neste momento sendo discutida com outras pastas.
A presidente Dilma Rousseff, que se comprometera na campanha a não anistiar desmatamentos, encarregou a ministra Izabella Teixeira de costurar um consenso entre ruralistas e ambientalistas.
A ideia é impedir a aprovação do polêmico projeto de reforma do código do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tem votação em plenário marcada para o mês que vem.
Segundo os ambientalistas, o texto de Rebelo é conivente com o desmatamento, ao propor, por exemplo, que áreas desmatadas até 2008 sejam isentas de multa.
Os ruralistas pressionam pela mudança imediata do código, argumentando que a lei atual criminaliza o setor produtivo e atrapalha a produção de alimentos.
Um decreto presidencial de 2009 determina multa para fazendeiros que não estiverem em conformidade com a lei. Sua entrada em vigor vem sendo prorrogada há mais de um ano - a nova data é 11 de junho.
"Noventa e cinco por cento das propriedades brasileiras vão entrar na ilegalidade", diz o deputado federal Marcos Montes (DEM-MG). "A punição já está havendo, por falta de crédito", continuou. O Banco do Brasil já anunciou que só terá financiamento quem cumprir o código ou aderir ao programa de regularização do governo, o Mais Ambiente. (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

Conservação Internacional lista as dez florestas mais ameaçadas do mundo

Para marcar o início do Ano Internacional das Florestas, a Conservação Internacional (CI) lançou a lista dos dez hotspots florestais mais ameaçados do mundo. Os chamados ”hotspots de biodiversidade” são áreas de extrema riqueza biológica, com elevado índice de espécies únicas de animais e plantas, e que se encontram altamente degradados e sob risco de desaparecer.

No caso dos dez hotspots florestais mais críticos, todos já perderam 90% ou mais de sua cobertura original e cada um abriga pelo menos 1.500 espécies de plantas endêmicas, ou seja, que só existem ali. Eles incluem florestas no sudeste asiático, na Nova Zelândia, nas montanhas do centro-sul da China, na região costeira da África Oriental e na ilha de Madagascar. O Brasil aparece na lista com a Mata Atlântica, da qual restam apenas 8% da cobertura original, e que abriga cerca de 20 mil espécies de plantas, 40% das quais endêmicas.
As florestas cobrem apenas 30% da área de nosso planeta e ainda assim abrigam 80% da biodiversidade terrestre do mundo. Elas também garantem o sustento de 1,6 bilhão de pessoas, que dependem diretamente de florestas saudáveis para sobreviver. As interações entre as espécies e os ecossistemas fornecem muitas das necessidades mais básicas para a sobrevivência humana na Terra, tal como ar puro, solos saudáveis, remédios, polinização de safras agrícolas e água doce.
A função das florestas na estabilização do clima também deve ser reconhecida, visto que emissões resultantes da destruição de florestas representam aproximadamente 15% das emissões totais de gases do efeito estufa. Os dez hotspots florestais mais ameaçados do mundo armazenam mais de 25 gigatons de carbono, auxiliando na mitigação dos efeitos da mudança climática.
“As florestas estão sendo destruídas a uma taxa alarmante para dar lugar a pastagens, plantações, mineração e expansão de áreas urbanas. Com isso, estamos destruindo nossa própria capacidade de sobreviver,” aponta Langrand. “As florestas não podem ser vistas apenas como um grupo de árvores, mas como fornecedores de benefícios vitais. Elas são importante fator econômico no desenvolvimento de diversas cidades, fornecendo madeira, alimento, abrigo e recreação, e possuem um potencial ainda maior que precisa ser percebido em termos de provisão de água, prevenção de erosão e remoção de carbono”.
Em adição a sua relevância para a biodiversidade e a estabilização do clima, as florestas são os mais importantes reservatórios de água doce do planeta. Cerca de três quartos da água doce acessível do mundo vêm de vertentes florestais e dois terços de todas as maiores cidades em países em desenvolvimento dependem das florestas em suas cercanias para seu suprimento de água limpa.
“Visto que a população global está projetada para atingir o total de até 9 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, o acesso à água ficará mais difícil se milhões de hectares de florestas tropicais continuarem a ser queimados todos os anos”, explica Tracy Farrell, diretora do Programa de Conservação de Água Doce da Conservação Internacional. “Excetuando-se as instalações de dessalinização, que são economicamente muito caras, ainda não encontramos outra forma de manter nosso suprimento de água doce a não ser protegendo as florestas remanescentes ao redor do mundo”.
“Durante este Ano Internacional das Florestas, encorajamos fortemente os países a realizar uma nova abordagem na proteção e preservação de suas florestas, que são ativos importantes globalmente,” adiciona Langrand. “Florestas saudáveis são uma parte importante do capital natural e nos oferecem os melhores meios econômicos para enfrentar os diversos desafios ambientais da mudança climática e a crescente demanda por produtos florestais”. (Fonte: Conservação Internacional)